Na foto: Pagamento antecipado: Para garantir que os servidores inativos e pensionistas do Instituto de Previdência dos Servidores do Município de Uberlândia (Ipremu) possam continuar enfrentando a pandemia, o prefeito Odelmo Leão (PP) autorizou, para a folha salarial de abril, o pagamento antecipado da primeira parcela da gratificação natalina.
CANAL ABERTO
Pior país em mortes por COVID-19. O Brasil pode superar o recorde dos Estados Unidos de mais de 5 mil óbitos pelo coronavírus em um único dia, e caminha para se tornar o lugar do mundo com o maior número de vítimas fatais da doença. A situação deve se agravar ainda mais com a aproximação do inverno, período em que o país registrou, no ano passado, seu primeiro pico. Na avaliação de especialistas, podemos chegar ao índice assustador de 500 mil no primeiro semestre. Com uma campanha de vacinação lenta, poucas medidas efetivas de restrição de circulação de pessoas e a rápida disseminação de variantes mais transmissíveis, o Brasil se tornou o novo epicentro da pandemia, sendo responsável por uma em cada quatro mortes no mundo. Já passou da hora de o presidente Jair Bolsonaro assumir a responsabilidade pelo fracasso no combate à pandemia ao invés de ficar culpando os estados e seus governantes.
Quase metade da população brasileira vive sem esgoto tratado. A falta de saneamento básico é um dos grandes problemas do país. A situação já dura por várias décadas. Para se ter uma ideia, são 35 milhões de brasileiros que vivem sem água tratada e cerca de 100 milhões que não tem acesso à coleta de esgoto. Os dados são do Ranking do Saneamento, realizado pelo Instituto Trata Brasil. O país não trata 49% do esgoto, o que representa jogar na natureza, todos os dias, 5 mil piscinas olímpicas de esgoto sem tratamento. Nas 100 maiores cidades, em 2019, houve descarte de cerca de 1,8 mil piscinas olímpicas diárias. A situação é muito crítica. Para especialistas no assunto, esse problema está ligado à péssima gestão pública do setor que não faz os investimentos adequados.
Brasil x Imprensa. O ranking de liberdade de imprensa, publicado anualmente pela entidade Repórteres sem Fronteiras, avalia que o Brasil é um dos locais onde a situação é considerada muito difícil. De acordo com a entidade, o país enfrenta problemas históricos e estruturais no campo da liberdade de expressão. É o segundo da América Latina com o maior número de profissionais assassinados na última década, atrás apenas do México. Ataques verbais, insultos, ameaças e agressões físicas contra jornalistas são frequentes. Ainda conforme a organização, esses ataques aumentaram em intensidade desde o início da pandemia. Para desviar a atenção de sua gestão desastrosa da crise sanitária, que já deixou mais de 370 mil mortos, Jair Bolsonaro acusa a mídia de ser a responsável pelo caos no país. Após o negacionismo adotado no combate à COVID-19, agora é muito fácil achar um culpado.
REABERTURA DO COMÉRCIO EM BELO HORIZONTE
No dia 20 de abril, o prefeito Alexandre Kalil (PSD), após várias reuniões com o Comitê de Enfrentamento à COVID-19, decidiu reabrir o comércio em Belo Horizonte. No entanto, as lojas, shoppings, bares e restaurantes, academias, salões de beleza, terão limitações nos horários de funcionamento. Só para lembrar, o comércio não essencial, exceto drive-thru e delivery, estava fechado na capital desde o dia 6 de março. Com o comércio paralisado, os prejuízos são enormes para empresários, empregados e consumidores. A sociedade tem que respeitar os protocolos sanitários para evitar novos fechamentos, porque ninguém aguenta mais isso.
MAUS-TRATOS DE CRIANÇA E IDOSO TÊM PENA AUMENTADA
A Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei (PL) 4.626/20, que aumenta as penas para abandono de incapaz e maus-tratos de crianças, idosos e pessoas com deficiência. O PL ganhou caráter de urgência após a morte do menino Henry Borel, de 4 anos, que chocou o Brasil. No caso de óbito, a reclusão será de 8 a 14 anos. O deputado Hélio Lopes (PSL-RJ), autor do projeto, afirmou que o Legislativo dá uma resposta à sociedade para acabar com a impunidade.
PRÉDIO DO OTHON PALACE HOTEL SEGUE SEM NOVO DONO
Um dos ícones da área central de Belo Horizonte, o prédio do Othon Palace Hotel continua sem dono. Houve um leilão no final do ano passado e o lance mínimo de R$ 30 milhões não seduziu investidores, ainda mais no momento de uma pandemia que atingiu a economia do país. Inaugurado em 1978, possui 295 apartamentos e está fechado desde 2018, seguindo o mesmo caminho de vários empreendimentos hoteleiros que encerraram as atividades nos últimos anos. O hotel é um marco da arquitetura e tombado pelo patrimônio municipal. O problema de não haver um comprador revela uma total falta de prestígio da cidade e é um desperdício deixar abandonado um prédio bem localizado e com uma excelente infraestrutura como a do Othon Palace. Talvez seria o caso dos governos municipal e estadual se unirem para buscar uma solução, inclusive trazendo uma rede internacional hoteleira, o que seria inédito em nossa capital.
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