Sob a presidência do empresário Flávio Roscoe, a Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) comemorou os seus 88 anos de fundação no dia 12 de fevereiro. Por se tratar de uma entidade quase centenária, tinha tudo para ser avaliada como conservadora. Mas, se ao longo de oito décadas cultivou os princípios básicos dos preceitos em sua atuação proativa, também foi e continua sendo inovadora. Ela é atual no sentido de se conectar com as demandas similares no país. No âmbito do estado, toma-se como exemplo as recentes ações em favor dos associados e do povo de Minas, por meio de seu louvável esforço para o desenvolvimento de atos, visando minimizar os efeitos da COVID-19.
Neste sentido, o diálogo da Fiemg foi permanente durante todo o ano de 2020, inclusive, culminado com o apoio preponderante na arrecadação de fundos para incrementar o projeto social “Inspirar” da empresa Tacom, ocasionando a fabricação de ventiladores pulmonares com componentes da indústria mineira. A partir dessa realidade, 1.600 equipamentos do gênero estão sendo utilizados em dezenas de hospitais para salvar vidas. Ainda no segmento da saúde e sob a liderança de Roscoe, aconteceu a articulação com o fito de construir o Hospital de Campanha no Expominas e a instalação de leitos exclusivos para tratamento da COVID-19 no Instituto Mário Penna e no Hospital Mater Dei Betim-Contagem.
Para além de suas inúmeras incursões em favor do desenvolvimento da indústria mineira ao longo dessas décadas, a Federação não se distanciou de suas responsabilidades neste momento em que a pandemia tem provocado uma enorme perturbação para todos, inclusive, perante os dirigentes das entidades produtivas. Desde o princípio da guerra contra o coronavírus, a Fiemg se manteve firme buscando ampliar conversações e entendimentos com o governo do estado. Contou com a sensibilidade de Romeu Zema (Novo) em relação à prorrogação e suspensão de prazos para pagamentos de tributos. De algum modo, esse certame contribuiu para a retomada do crescimento sustentável. Junto ao governo federal o pleito dos industriais mineiros foi em linha diferente. Obtiveram atenuações nas leis e resoluções trabalhistas, tributária e ambiental. Ao mesmo tempo, reforçou a necessidade de acesso a linhas de crédito e energia. O resultado dessa irrupção foi a edição das Medidas Provisórias 927 e 936. A partir da vigência de ambas foi possível, somente em nosso estado, a preservação de 300 mil empregos, por conta de uma bem-sucedida aliança entre as indústrias e os trabalhadores.
Se no presente denota-se essa importância fundamental do Sistema Fiemg em Minas Gerais, não é justo esquecer-se de sua efetiva participação em temas diversos por décadas a fio. Ao longo de sua história comandou campanhas primordiais para recuperação da economia estadual, com o incentivo à concepção de empresas de reconhecido valor. Citemos a vinda da Mannesmann, Usiminas, Refinaria Gabriel Passos, a implementação da Fiat Automóveis em Betim, estímulo à criação do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG), entre tantos feitos capazes de comprovar a sua sagacidade no contexto mineiro e até mesmo prestígio internacional.
Hoje, a orientação do atual presidente é promover a indústria mineira em sintonia com os interesses da sociedade, fomentando os valores da livre iniciativa e do empreendedorismo. Quem conhece os meandros do setor produtivo do estado de Minas Gerais sempre enaltece a Fiemg como um espaço catalisador das mentes pensantes, mas que também promove um verdadeiro acervo cultural enriquecedor de nossos costumes.