Nem mesmo a crise sanitária foi capaz de tirar o verniz do governador mineiro Romeu Zema (Novo). Nesses 2 anos, ele se firmou como um administrador austero, com as mãos e o pensamento comprometidos com a seriedade da causa pública. Provavelmente, essas características são a motivação para a sua avaliação positiva em todas as regiões do estado. Nas cidades mais distantes de Belo Horizonte, o seu estilo de cidadão simples conquistou os mais humildes, que enxergam nele o semblante de um autêntico mineiro, com um viés diferente na hora de governar.
Zema e os empresários
O segmento empresarial mineiro e belo-horizontino está confiante nas ações do governador mineiro. De acordo com o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH), Marcelo de Souza e Silva, o saldo desses 2 primeiros anos do governo é positivo. “Zema herdou um estado com uma situação financeira extremamente delicada e, de imediato, teve de administrar a crise provocada pela tragédia de Brumadinho. No primeiro ano conseguiu pactuar com os prefeitos o pagamento da dívida com os municípios, além de ampliar, gradativamente, o número de servidores que estão recebendo em dia os seus pagamentos”.
O presidente da CDL/BH acrescenta ainda que, na pandemia, Minas é a região que apresenta os melhores indicadores. “O estado tem buscado novas atrações de investimentos e, consequentemente, a geração de emprego e renda. Outra ação importante que, inclusive, tem a participação da CDL/BH é o programa ‘Minas Livre para Crescer’, com o objetivo de simplificar e desburocratizar os processos, tornando o estado mais atrativo para novos empreendimentos”.
O vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) e presidente do Sindicato das Indústrias Extrativas de Minas Gerais (Sindiextra-MG), Fernando Coura, também demonstra positividade ao comentar sobre os 2 anos da atual administração estadual. “Durante esse período, Zema tem demonstrado a completa austeridade. Ele construiu um governo aberto ao diálogo e que procura atuar nas questões estruturais, valorizando a indústria existente no estado. Estamos observando grandes investimentos em energia solar, aportes significativos em centros de distribuição, que são geradores de impostos, inclusive mediante o incentivo à instalação de fábricas de diversos produtos em Minas”.
Coura acredita que Zema pode colocar o estado no rumo certo. “Além disso, ele tem como objetivo principal algo que concordo: a manutenção em dia do pagamento dos funcionários. Essa é uma forma de apoiar claramente os servidores públicos. Fora tudo isso, o governador vem melhorando o diálogo com a Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais (ALMG), além de outras entidades, como é o caso da Fiemg, onde temos uma parceria”.
Para o empresário Fabiano Cazeca, o governador está arrumando a casa até hoje, mas, vai demonstrar ao final sua competência de administrador, o que sempre fez, com sucesso, na iniciativa privada. “Zema teve dificuldades no início de seu governo em função de ter encontrado o estado totalmente falido e por falta de experiência política, principalmente na ALMG. Contudo, nos últimos meses, ele melhorou bastante essa relação e promete um governo diferente nesses 2 últimos anos restantes de sua administração”, finaliza.
