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Acir Antão

O ABORTO NA ARGENTINA – Tem sido festejado pela chamada mídia progressista, a decisão do Congresso Argentino que aprovou oficialmente o aborto. A prática é muito mais uma questão de ética e direito à vida de um ser que não pode decidir o seu destino. Quantos abortos naturais acontecem com mulheres que desejam ter filhos e não conseguem? Outras ganham a oportunidade de ser mãe e decidem expurgar o feto ainda com semanas de gestação. É claro que entendemos muito bem os casos de estupro e outras mazelas, onde as mulheres não devem ser obrigadas a criar um filho que não desejam por não ter vindo de uma relação de puro amor. Parece que se comemorou o direito de matar, quando vimos manifestantes de bandeira na mão pelas ruas de Buenos Aires. Vou contar uma pequena história que ilustra muito bem a decisão argentina. Uma senhora, já bem idosa estava doente e fui visitá-la, pois a conhecia desde criança. Peguei em sua mão e disse que Deus estava com ela, pois sempre fora uma devota de Nossa Senhora e não estava sozinha. Ela virou-se para mim e disse: “Meu filho, eu mereço sofrer muito pelo que fiz. Para ter apenas um filho, fiz muitos abortos e, hoje, sofro a solidão de não ter ninguém para me olhar. Peço perdão a Deus todos os dias pelos atos que pratiquei”. Poucos dias depois ela faleceu. Ficou o exemplo de uma consequência que, para muitos, é simplesmente um direito da mulher, mas leva um sofrimento de consciência mais tarde para quem o pratica.

ARTICULAÇÃO POLÍTICA – O prefeito de BH, Alexandre Kalil, (PSD) não está brincando em serviço. Ele recebeu em sua casa, nessa última semana, o presidente nacional do PSD, o ex-ministro Gilberto Kassab, e os três senadores mineiros, Antonio Anastasia (PSD) e Carlos Viana (PSD) e Rodrigo Pacheco (DEM). A conversa girou em torno de um apoio da bancada mineira à eleição de Pacheco para a presidência do Senado, com a recíproca do Democratas à candidatura de Kalil ao Governo do Estado em 2022. Também participaram do encontro o atual presidente do Senado, David Alcolumbre, e o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM). A importância da conversa levou o prefeito de BH a promover o encontro em sua casa, no ambiente da sua família. Enquanto isso, o novo secretário de Governo Adalclever Lopes (MDB) está com a missão de articular a região metropolitana para a futura candidatura de Kalil.

Da cocheira

Muita gente questiona o Papa Francisco que, desde sua escolha para o cargo, nunca mais voltou à Argentina. Ele já veio ao Brasil e a outros países latino-americanos, mas não voltou a Buenos Aires. Agora, com a decisão sobre o aborto em seu país, o Papa definitivamente tirou a Argentina de sua rota de viagens.

Fuad Noman vai ser prefeito brevemente. Ele é um dos nomes mais importantes na equipe de Alexandre Kalil (PSD). É bom lembrar que quando Aécio Neves comemorou déficit zero em seu governo, o então secretário da Fazenda era Noman. Aliás, ele já disse que para o desenvolvimento da cidade vai conversar com todas as autoridades do país.

O governador Romeu Zema (Novo) continua precisando conversar melhor com a Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais. Nestes 2 anos de governo, o seu aprendizado ainda não melhorou a relação com os deputados.

Caiu o presidente da BHTrans e não se sabe se o novo dirigente escolhido por Kalil vai conseguir impedir aumento de passagens do transporte na cidade e exigir bons serviços das empresas de ônibus. A verdade é que elas estão no seu limite. O prefeito fez um acordo de não dar aumento ano passado, e agora?