As contas de início do ano são uma preocupação para a maioria das pessoas. Em janeiro, chegam os boletos do Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU) e Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA). Não há como fugir do pagamento dessas despesas sazonais. Para evitar o descontrole, o ideal é organizar as finanças para começar 2021 no azul e sem passar nenhum aperto.
IPVA
Um dos mais importantes tributos é o IPVA, cuja tabela de pagamento já está disponível. De acordo com a Receita Estadual, não houve reajuste e as alíquotas continuam sendo de 4% para veículos e 3% para motos. O valor é calculado com base na Tabela Fipe. O contribuinte que decidir quitar à vista terá o desconto de 3%. A mesma regra também será aplicada automaticamente no cálculo do imposto para quem pagou em dia nos dois últimos anos. A parcela mínima é de R$ 150.
Para emitir a guia de arrecadação é preciso acessar o site www.fazenda.mg.gov.br. Na página, o cidadão pode conferir as bases de cálculo e o valor do pagamento, que pode ser feito nos terminais de autoatendimento ou guichês dos agentes arrecadadores (Bradesco, Mercantil do Brasil, Caixa Econômica Federal, Casas Lotéricas, Mais BB, Banco Postal, Santander e SICOOB), bastando informar o número do Renavam do veículo. A quitação fora do prazo gera multa de 0,3% ao dia (até o 30º dia), e de 20% após o 30º dia, além de juros calculados pela taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic).
IPTU
Os carnês do IPTU começam a ser entregues no início de 2021 e é cobrado pela Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) aos proprietários de imóveis comercial ou residencial. Atualmente, a capital possui cerca de 830 mil imóveis urbanos e 740 mil são tributados com o imposto. O valor é reajustado com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo Especial (IPCA) e deverá ficar 3,47% mais caro para o próximo ano. Este é o percentual esperado para a inflação nos próximos 12 meses.
Os contribuintes podem consultar os valores por meio do endereço prefeitura.pbh.gov.br, informando o número de inscrição do imóvel junto ao município. Também contam com o Aplicativo PBH, que oferece diversos serviços diretamente pelo smartphone ou tablet. Embutido no IPTU também estão a Taxa de Coleta de Resíduos Sólidos Urbanos (TCR) e a Contribuição para o Custeio dos Serviços de Iluminação Pública (CCIP).
Como se preparar
De acordo com o economista Fábio Lacerda, a palavra de ordem é planejamento. “É comum a maioria das pessoas gastar mais do que pode neste final de ano e não ter uma reserva financeira. Até mesmo o 13º salário, que deveria ser usado para quitar contas em atraso ou deixar guardado para eventuais emergências, é usado para novas aquisições”, alerta.
Segundo Lacerda, o primeiro passo é fazer um detalhamento de todas as despesas. “Coloque tudo na ponta do lápis para saber o valor total de pagamento. Alguns tributos oferecem desconto na quitação à vista. Esta é a forma mais indicada, especialmente para quem se programou e reservou o dinheiro com antecedência. Mas tome cuidado e só faça se tiver tranquilidade financeira neste período”.
Para quem está no vermelho e desesperado, a dica é rever o orçamento familiar e enxugar as despesas. “Corte o que não for essencial como, por exemplo, serviços por assinatura. Também diminua a frequência de outras atividades de lazer. É necessário manter os gastos sob um rigoroso controle. Passe a poupar algum dinheiro e tenha em mente que os impostos de janeiro se repetem todos os anos”, conclui.