Canal aberto
Governo Bolsonaro libera agrotóxicos da China. O governo federal liberou a utilização de mais 12 agrotóxicos no país. Desses, 10 são produzidos por empresas chinesas. O curioso é que a liberação acontece na mesma semana em que o presidente Jair Bolsonaro negou que iria comprar a vacina Coronavac, desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com o Instituto Butantan. Entre uma vacina, que salvará vidas, e agrotóxicos cujo uso prejudica a saúde dos humanos e o meio ambiente, o presidente mostra total despreparo sobre alguns assuntos e a população sempre sendo prejudicada.
Fome volta a ser problema no país. A fome voltou a ser um grave problema no Brasil. Já são 10,3 milhões de pessoas em situação de insegurança alimentar grave, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os dados são de antes da pandemia, sendo possível que a situação tenha se agravado e se aprofunde ainda mais. O país vive numa crise sem precedentes que foi amenizada com a distribuição do auxílio emergencial, mas a ajuda deve acabar em dezembro, enquanto o desemprego só aumenta. Além disso, os preços dos alimentos vêm subindo, dificultando ainda mais o acesso a comida pelos mais pobres. A alta dos preços do arroz, feijão, óleo, carne e outros itens tem pesado no orçamento das famílias ameaçadas pela fome. É muito triste as pessoas conviverem com a incerteza se haverá comida no prato, inclusive para as crianças que não tem culpa nenhuma da situação econômica.
Imposto alto e o mercado ilegal de bebidas destiladas. O crescimento do mercado ilegal de bebidas destiladas comercializadas no Brasil reforça a necessidade de uma discussão sobre o tema, principalmente para a provável queda na arrecadação fiscal. Os produtos ilícitos chegam a custar até 70% menos que os legais, tornando atrativo em um momento de crise econômica, provocado pela pandemia. Impulsionado pelo fechamento de bares e restaurantes, principais pontos de vendas de bebidas legalizadas, o comércio ilegal deve registrar crescimento em 2020 e preocupa a cadeia produtiva do setor que paga os impostos corretamente. Além disso, essas bebidas trazem sérios riscos para a saúde dos consumidores, que compram produtos sem qualquer controle de qualidade e produzido em fábricas clandestinas. O governo precisa diminuir a carga tributária do produto para desestimular a ilegalidade e para que o setor possa gerar mais empregos.
REDUÇÃO DO USO DE SACOLAS PLÁSTICAS – O consumo de sacolas de plástico por parte dos consumidores ainda é um grande problema para os supermercados. Nos últimos anos, muitos países têm escolhido o caminho da proibição para reduzir o uso da embalagem e, assim, diminuir os efeitos do seu descarte nos oceanos. Apesar da medida, a quantidade de lixo produzida ainda é grande e os varejistas buscam alternativas para incentivar os clientes a levar outros tipos de bolsa na hora das compras. Há alguns anos, municípios e estados passaram a adotar leis, proibindo o uso de sacolas plásticas. É o caso de Belo Horizonte, por exemplo, onde foi editada a lei 9.529/2008, que entrou em vigor em 2011. Só que a lei não vingou e os supermercados voltaram a distribuir as sacolinhas. Se não houver consciência das pessoas no seu descarte correto, só vai ajudar a entupir redes de água e esgoto e colocar em risco a fauna de rios e lagoas.
FECHAMENTOS DE BANCOS PREJUDICA A POPULAÇÃO – Os grandes bancos estão fechando agências e reduzindo o quadro de funcionários em todas as cidades do país. De 2012 a abril de 2020, foram fechadas mais de 3 mil agências bancárias que atendiam em quase 70% dos municípios. Somente nos 4 primeiros meses do ano, 283 encerram as atividades. Os bancos alegam que o atendimento é realizado por meios eletrônicos e internet, mas se esquecem de que as pessoas mais necessitadas e idosas, geralmente, não têm acesso à informatização e acabam sendo prejudicadas. O serviço bancário é uma concessão pública regulada por lei específica e todo o sistema financeiro tem a obrigação de garantir o atendimento para os cidadãos. Por isso é tão importante a população defender bancos públicos. Eles é que atendem as necessidades da sociedade. Os bancos privados se preocupam exclusivamente com o lucro e com a rentabilidade que terão com o negócio.
BHTRANS PODERÁ VOLTAR A MULTAR MOTORISTAS – Após o Supremo Tribunal Federal (STF) decidir que a Empresa de Transporte e Trânsito de Belo Horizonte (BHTrans) pode voltar a multar os motoristas na capital, o órgão ainda não sabe se vai realmente exercer a atividade. A BHTrans perdeu o poder de multa em 2009, após o Ministério Público de Minas Gerais alegar que a empresa é de economia mista, o que poderia visar apenas lucro. A partir de então, os agentes ficavam acompanhados de um guarda municipal ou policial militar para multar os infratores nas ruas da cidade. O assunto é polêmico. De um lado, os motoristas alegam que voltará a indústria da multa, mas, de outro, é claro que também existem aqueles que cometem infrações de todos os tipos, colocando em risco a vida de pedestres.