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Jogo começa a ser jogado na sucessão de Belo Horizonte

Ao lançar candidatura à Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), o deputado João Vítor Xavier (Cidadania) conseguiu a proeza de conquistar exatos 6 minutos e 8 segundos do prestigiado horário eleitoral gratuito, ficando alguns números acima do próprio prefeito Alexandre Kalil (PSD). A maior parte do tempo foi devido às alianças que fechou com DEM, PSL, PSB, PL e PTB, já que, sozinho, seu partido teria apenas 26 segundos. Esse foi o assunto mais discutido nos bastidores da política mineira nos últimos dias.

Por seu turno, a indicação do ex-secretário de Fazenda da PBH, empresário Fuad Noman, como pré- -candidato a vice na chapa pela reeleição do atual prefeito também deixou clara a sinalização do grupo de Kalil que está confiante na vitória neste momento, a ponto de deixar de lado as coligações com figuras tradicionais e de reconhecido prestígio junto à população para apoiar um nome de sua inteira confiança política e pessoal.

E assim começa a ser debatida a sucessão em Belo Horizonte, onde cada um dos diversos pré- -candidatos irão tentar conseguir seu espaço junto ao público. Por certo, esse tema irá elevar a temperatura a partir do dia 9 de outubro, por ocasião das veiculações dos programas eleitorais no rádio e na TV.

Fabiano Cazeca, candidato pelo PROS

Empresário de sucesso, Fabiano Lopes Ferreira (PROS) tem orgulho de dizer que não se viu obrigado a demitir suas centenas de funcionários espalhados pelo Brasil na crise de COVID-19. Conhecido popularmente como Fabiano Cazeca, agora decidiu entrar na disputa pela PBH. Veja algumas de suas propostas caso seja eleito para governar a cidade.

Ele aponta como uma de suas primeiras ações frente à prefeitura a recuperação das mais de 15 mil empresas que faliram durante a pandemia e, consequentemente, devolver os empregos de cerca de 100 mil trabalhadores que foram demitidos em função da falência das referidas companhias. “Estas ações poderão ser com renúncia fiscal e auxílio de crédito para capital de giro”.

No campo da saúde, caso o coronavírus permaneça até o próximo ano, Fabiano pretende implementar ações fortes no sentido de ampliar a capacidade de atendimento, quantidade de profissionais, leitos, Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) e respiradores.

O candidato salienta que promoverá medidas para melhorar o transporte coletivo. “É inadmissível abrir o comércio e outras empresas, culminando no aumento do número de pessoas nas ruas e deixar que os belo-horizontinos viajem nestes ônibus superlotados”.

Dentre as urgências estão as obras preventivas contra as enchentes. “É desumano e vergonhoso ver dezenas de cidadãos morrerem todos os anos em Belo Horizonte por conta desse problema. Não podemos mais admitir que nas próximas chuvas pessoas continuem perdendo suas vidas por falta das referidas obras. Isso tem que ter um fim”.

“Uma das mais graves deficiências da gestão atual é o seu verdadeiro desprezo pela educação. Quando esse governo assumiu a prefeitura em 2017, haviam 130 Unidades Municipais de Educação Infantil (Umeis) funcionando e 1 em construção. Agora, após 4 anos, Belo Horizonte possui 131 Umeis. A educação é a base da sociedade. Além de construir escolas, também é preciso motivar os professores com salários dignos, planos de carreira, treinamentos e reciclagem” reclama.

Para ele, todas as instituições, sejam privadas ou públicas necessitam de organização para evoluir no caminho certo. “O planejamento estratégico é que dá suporte para os gestores. Isso é básico em qualquer gestão, porém, a atual herdou da passada um belo trabalho denominado ‘Plano Estratégico BH 2030’, que norteava os rumos da cidade para o futuro. Entretanto, tudo leva a crer que a administração o deixou de lado”.

Fabiano chama atenção para outro problema e relembra que BH contava com 4.553 pessoas em situação de rua em 2017. “Atualmente, a estimativa é que esse número subiu para 10 mil. É cruel, principalmente em época de inverno e de pandemia, ver milhares de cidadãos sofrendo e morrendo nas ruas. Tudo é uma questão de querer resolver e o custo disso não é nada em face dos R$ 14 bilhões do orçamento da cidade”.

Irônico, o candidato comenta que as regionais da PBH funcionam como meras figuras decorativas. “É preciso descentralizar o poder dando autonomia às regionais. Em torno de 80% dos transtornos do município podem ser solucionados por meio delas, deixando a gestão mais leve. Nesse caso, o poder central fica por conta das decisões estratégicas melhorando muito a prestação do serviço à sociedade”.