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Quem sabe, sabe

Na foto: O presidente Jair Bolsonaro e o governador Romeu Zema (Novo), durante evento da Usiminas, em Ipatinga

CANAL ABERTO

TSE aprova alterações no sistema eleitoral. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu que os partidos devem destinar recursos do fundo eleitoral de maneira proporcional à quantidade de candidatos negros e brancos. Se a legenda apresentar 20% de candidatos negros, deve destinar o mesmo percentual a esse grupo. A distribuição equilibrada também deverá ser observada na divisão entre os postulantes do tempo de propaganda gratuita na TV e no rádio. A regra só será aplicada a partir das eleições de 2022. Ela vai servir para evitar que o partido reduza o número de negros. Em se tratando de eleições, toda medida que for para o bem da democracia é bem-vinda. No entanto, usar dinheiro público em campanha eleitoral é um assunto que merece ser discutido por toda a sociedade porque sempre faltam recursos para serem investidos, principalmente na saúde, educação, segurança e habitação.

Custo mensal de um juiz no Brasil. Num país em que o salário médio de um trabalhador gira em torno de R$1.500, é um verdadeiro absurdo o custo de um juiz aos cofres públicos. Um magistrado brasileiro custa aos cofres públicos, em média, R$ 50 mil por mês. Na cifra estão incluídos gastos com remuneração, indenizações, encargos sociais, previdenciários, imposto de renda e despesas com viagens. O cálculo considera também pagamentos a inativos e pensionistas. A informação é do relatório “Justiça em Números”, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), e refere-se a 2019. O balanço também mostra que, pela primeira vez desde 2009, o congestionamento na Justiça brasileira é menor que 70%. Ou seja, os julgamentos dos processos estão mais acelerados. Na prática, não é isso que vemos diariamente. Pelo contrário, é difícil não conhecermos alguém que está há anos ou décadas esperando o resultado de um processo.

REABERTURA DOS RESTAURANTES

A volta do atendimento presencial nos restaurantes ocorre por meio de uma série de regras sanitárias devido à pandemia do novo coronavírus. Mesmo com os protocolos para evitar o contágio nos estabelecimentos, os clientes têm evitado se expor e muitos têm procurado locais que oferecem mesas nas calçadas. E há os que preferem comprar o marmitex para comer no trabalho ou em casa. Vale ressaltar que o tradicional self-service está proibido. Os alimentos devem ser servidos por um funcionário usando todos os acessórios de segurança, tais como máscara e luvas, além do álcool em gel. Muitos empresários são unânimes em dizer que as pessoas ainda estão inseguras para fazer as refeições dentro dos estabelecimentos neste momento. Será necessário um tempo para os consumidores acostumarem com as mudanças. A alimentação fora do lar é uma das atividades com maior concentração de empreendedores no país e a retomada positiva dos negócios será devagar.

MG É UM DOS ESTADOS QUE FAZ MENOS TESTES PARA COVID

Segundo um estudo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o estado de Minas Gerais é o segundo que menos realiza testes para COVID-19 no país, perdendo apenas para Pernambuco. Já o Distrito Federal é o que fez a maior quantidade desde o início da pandemia. Os especialistas informam que quanto mais diagnósticos são realizados, mais controle o governo terá da doença e, assim, fica mais fácil bloquear a circulação do vírus. De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílios, até julho, 961 mil cidadãos fizeram o exame em Minas, representando apenas 4,5% da população, que somam quase 21 milhões de pessoas. E, por falar nisso, a boa notícia é que o governo de Minas começou a realizar testes para coronavírus por meio da saliva dos pacientes, na qual a coleta é mais simples e mais confortável.

UNIVERSIDADES FEDERAIS PERDEM VERBAS

Nos últimos 10 anos, as universidades e institutos federais tiveram as suas verbas reduzidas em mais de 70%. São recursos recebidos para investirem em infraestrutura, tais como, equipamentos para laboratórios, troca de computadores e reformas das salas de aula e bibliotecas. Em 2010, o valor era de R$ 2,78 bilhões e caiu para R$ 760 milhões, ou seja, menos da metade no ano passado. As consequências são sérias porque com pouco dinheiro as universidades têm obras inacabadas, os laboratórios defasados e fica mais difícil para ampliar a oferta de vagas. Além disso, as pesquisas científicas, muito importantes para a comunidade médica, deixam de acontecer em função das condições precárias para conduzir estudos de relevância para o país. A importância dos investimentos em instituições federais ficou mais evidente durante a pandemia. A urgência de desenvolver novos medicamentos e de criar uma vacina mostra como o incentivo à ciência é essencial.

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