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Pleito em BH aponta para segundo turno

A recente análise divulgada pelo Instituto Paraná relativo às eleições de Belo Horizonte demonstra larga vantagem do atual prefeito Alexandre Kalil (PSD) ao segundo colocado. Ele lidera tanto na pesquisa espontânea (26,7%) – quando o nome dos candidatos não é apresentado – quanto nos dois cenários da pesquisa estimulada (55,9%). No entanto, ao que tudo indica, os adversários de Kalil não se assustaram com os resultados propalados.

O cientista político Malco Camargo tem dito que o momento ainda não é de analisar qual nome está bem nas sondagens, pois a campanha sequer foi iniciada. E, diante da prorrogação do pleito, tudo ficou ainda mais complexo na hora de se fazer uma avaliação de possíveis cenários.

Além disso, há informações de bastidores sugerindo que o prefeito permanece com a popularidade estagnada há muito tempo. Ou seja, para os especialistas, seu prestígio de hoje advém do resultado de sua administração que, neste momento, está em debate, onde uns são a favor e outros contra. Porém, neste segundo semestre, não se sabe como continuaria a avaliação dele perante os belo-horizontinos. No tangente aos demais candidatos, a tendência é de crescimento de alguns nomes que já se declaram em oposição mais acirrada a Kalil, como é o caso da representante do PSOL, Áurea Carolina, tida como a figura que personifica o movimento da esquerda, com um viés ideológico bastante enfático, inclusive mais até do que o próprio PT. Áurea, de acordo com o Instituto Paraná, já figura em segundo lugar, embora esteja com apenas 1,5% da preferência.

Na verdade, a sucessão de Belo Horizonte passou a ser de interesse até nacional pela importância geopolítica da capital mineira. Assim, até o período da convenção, no fim de agosto, a lista de pretendentes à disputa deve oscilar consideravelmente. Obviamente, já existem nomes em plena agilidade, como é o caso do deputado João Vítor Xavier (Cidadania), que há cerca de um ano deixou o PSDB com a finalidade de enfrentar as urnas municipais em 2020.

Não se pode negar que os denominados grupos mais de centro estão em evidência, inclusive alguns deles são defensores da candidatura do presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH), Marcelo de Souza e Silva. Outro exemplo é o deputado estadual Bruno Engler (PRTB) que avisa aos quatro cantos que deve contar com apoio do presidente Jair Bolsonaro em sua caminhada. Rodrigo Paiva, além de filiado ao Novo, mantém um de laço de amizade com o governador Romeu Zema e, assim, o chefe do Executivo estadual não tem como deixar de declarar apoio ao seu correligionário. Dentro deste cenário surge ainda o empresário Fabiano Cazeca (PROS), o ex-deputado federal Nilmário Miranda (PT) e Luiz Barreto (PSDB). Contudo, essa lista pode ser ainda mais extensa e abarcar outros aspirantes como o professor Wendel Mesquita (Solidariedade), André Janones (Avante), Lafayette de Andrada (Republicanos), Júlio Delgado (PSB) e Wadson Ribeiro (PCdoB).