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Autoridades nacionais dizem que mudar a data das eleições pode ser complicado

Para as autoridades brasileiras, incluindo a presidente do Superior Tribunal Eleitoral, ministra Rosa Weber, as eleições deste ano não devem ser canceladas. Até porque, como já foi dito, somente com mudanças na Constituição da República, votada no ano anterior ao pleito, é possível fazer alterações no calendário.

Após fazer essa avaliação, o deputado estadual Arlen Santiago (PTB) acrescentou que os candidatos mais conhecidos vão levar vantagem. Mesmo assim, todos eles, inclusive os concorrentes a vereador, podem usar das redes sociais como forma de  comunicar com seus munícipes. “Há também outra questão, os prefeitos que mais cumprem seus compromissos irão sair na frente nas suas respectivas candidaturas à reeleição. No entanto, os avaliados negativamente vão amargar o preço da própria incompetência. Esse é o jogo democrático da política”, concluiu o parlamentar petebista.

O deputado acrescentou que, no último dia 4, encerrou-se o prazo de filiação partidária para quem vai se envolver diretamente no pleito deste ano. “E, apesar do coronavírus, tudo aconteceu normalmente, ou seja, quem almejava se credenciar, o fez por meio da comunicação virtual da Justiça Eleitoral. Então, está tudo certo. Vamos para as eleições”, sentenciou o deputado.

Unificação dos pleitos
O deputado estadual Roberto Andrade (Avante) destaca que no interior – ele é de Viçosa/MG -, a política ainda é feita à moda antiga. “O candidato visita o eleitor, conversa com seus familiares e tem um dedo de prosa. Mas nesse período de pandemia, qual o cidadão que vai querer receber cumprimentos de candidatos? Só se for para ser infectado. Acho difícil a realização das eleições em outubro. Talvez, quem sabe, adiá-las para dezembro?”, indaga o parlamentar que justificou sua filiação ao partido Avante por ser uma sigla da base de sustentação do governo.

O deputado acredita que o Brasil não vai aguentar eternamente esse esquema de eleição a cada 2 anos. Mas, para a atual situação, o ideal seria fazer uma eleição com mandato estendido para o próximo pleito majoritário em 2022, quando as eleições gerais entre presidentes, governadores, deputados federais e estaduais e senadores acontecem. Seria uma unificação das votações para esses diversos cargos. Isso garante um pleito mais barato para a nação. Seria, na opinião do parlamentar, uma sangria a menos nos cofres públicos. Outra alternativa sugerida por ele é a realização de um pleito com os futuros prefeitos eleitos para o mandato de 6 anos a fim de deixar tudo igual a partir de então.

Para o representante do Avante, a maioria dos 77 colegas na Assembléia Legislativa é favorável a essa unificação. No entanto, a maior parte dos parlamentares federais tem demonstrado o contrário. Eles não têm simpatia alguma para serem votados conjuntamente com essa quantidade imensa de aspirantes a cargos, incluindo os vereadores e prefeitos.

“Nesse exato momento, quem teria coragem de falar em eleição? Só se fala da pandemia. Por conta dessa situação, a organização do pleito de 2020, vai terminar ficando prejudicada”, conclui o deputado.