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Você sabe o que pesquisar na hora de adquirir um celular?

A relação do brasileiro com os smartphones é bastante estreita. Prova disso é que no país já existem mais de um celular ativo por habitante. Estima-se que, só em 2018, mais de 320 milhões de aparelhos tenham sido vendidos por aqui. E as novidades lançadas pelas marcas não param de encher os olhos do consumidor, que está cada vez mais exigente em relação à compra de um dispositivo móvel, mas você sabe o que pesquisar na hora de adquirir um modelo novo?

Arthur Igreja, especialista em tecnologia e inovação, explica que é necessário uma extensa pesquisa, porém, primeiro é fundamental olhar o preço para verificar se o que está sendo ofertado é justo. “A dica principal é ficar atento às ofertas das operadoras, principalmente, quando se trata de planos que, normalmente, têm um período de fidelização e são acompanhados de multas”.

Depois é necessário saber sobre o sistema operacional. “Você deseja ter o IOS, que é desenvolvido para o Iphone, ou Android. Dentro do Android há uma vasta oferta de modelos e é preciso decidir o que é mais importante: fotografia, processamento, armazenamento, etc”.
Ele explica os três fatores que mais impactam no desempenho do aparelho e que devem ser levados em consideração. “O processador, a memória RAM e o tamanho da bateria. É necessário encontrar um equilíbrio entre eles”.

Um outro aspecto que deve ser levado em consideração é a garantia que, às vezes, é cobrada a parte. “A pessoa escolher ou não a garantia é uma aposta. O consumidor brasileiro tem o hábito de pensar a curto prazo e só quando algo dá errado é que reflete que poderia ter feito um seguro ou garantia”.

Atualmente, a Xiaomi – empresa chinesa de produtos eletrônicos -, tem feito sucesso no Brasil. As características dos modelos têm atraído os consumidores, mas, a marca ainda não possui assistência técnica no país, o que para o especialista deve ser levado em conta. “É tudo uma questão de escolha do comprador. Se você deixar o aparelho cair e quebrar, precisa saber que não vai encontrar quem o conserte por aqui”.

O especialista acrescenta que o hábito de consumo de celular é relativo. “Os mais afoitos trocam de ano em ano. Mas a troca média é de 2 a 3 anos. Existem vários fatores envolvidos, mas o principal deles é que os fabricantes têm dado saltos menores nos aparelhos. Quando a Apple lançou o Iphone 2, por exemplo, ele tinha um mundo de diferença do 1. Hoje, o que a gente vê é que de uma versão para outra, as mudanças são pequenas”.

Contudo, ele observa que a vida útil dos aparelhos é boa, mas, às vezes, o consumidor não utiliza o celular da forma correta. “O smartphone pode está travando por memória cheia e, atualmente, existem aplicativos que fazem a mensuração do que o celular precisa”.

O ideal é que a pessoa refaça as medidas. “Tentar melhorar seu uso ou resetar o celular para que ele volte a ter uma performance parecida com a que você comprou. Se nada disso der certo, então é hora de adquirir um novo”.
A professora Mariana Barbosa tentou, mas de nada adiantou seus esforços para fazer seu aparelho Moto G3 funcionar melhor. “Ele travava em tudo, o GPS não funcionava, reiniciava e ele demorava 30 minutos para ligar. Se a bateria acabasse completamente, era ainda pior. A única coisa que eu gostava era a câmera. Ele não funcionava com mais de um aplicativo aberto”.

Ela chegou a levar o aparelho à assistência técnica. “Tinha garantia de 1 ano, procuraram possíveis problemas e não acharam. Depois de 2 anos, acabei desistindo e comprando um novo”.

Mariana não pesquisou tanto para comprar o primeiro aparelho, mas compensou fazendo um estudo detalhado ao adquirir outro modelo. “Optei pelo G5S Plus. Pesquisei sobre o processador, sistema operacional, memória RAM, assisti reviews na internet e estou satisfeita”.