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Comércio eletrônico projeta faturamento de R$61,2 bi

Com apenas alguns cliques na tela do computador podemos adquirir qualquer produto disponível na internet e recebê-lo no conforto de casa. Essa é uma prática bastante comum entre os brasileiros e um mercado que tem se mostrado lucrativo. Para se ter uma ideia, o faturamento do e-commerce em 2018 foi de R$ 53,2 bilhões. Foram mais de 123 milhões de pedidos realizados, com gasto médio de R$ 434, conforme levantamento da Ebit/Nielsen.

As vendas cresceram 12% na comparação com 2017. A explicação está no surgimento de novos e-consumidores, expansão do mercado de dispositivos móveis e banda larga no Brasil, bem como a migração do varejo offline para o online. E, para este ano, a entidade está com expectativa de avançar 15%, chegando a um faturamento de R$ 61,2 bilhões. A quantidade de pedidos deve somar 137 milhões, enquanto o tíquete médio deve ser de R$ 447.

Apesar do bom resultado de 2018, o aumento poderia ser ainda mais expressivo, segundo Ana Szasz, líder comercial para Ebit/Nielsen. “Dois grandes eventos impediram um crescimento maior. A greve dos caminhoneiros represou cerca de R$ 407 milhões em compras e prejudicou as vendas da Copa do Mundo e do Dia dos Namorados. A instabilidade do período anterior as eleições também impactou. As vendas no início do ano foram boas e tivemos a melhor Black Friday da história. Tudo indica que esse cenário deve se manter em 2019”.

Consumidores online

A comodidade e a praticidade de comprar online leva muitas pessoas a adotarem a modalidade. É o caso do auxiliar de recursos humanos Gustavo Medeiros. “Eu ainda vou às lojas físicas para dar uma olhada nos produtos e verificar suas características. Mas na hora da aquisição sempre prefiro fazer online, pois acho mais prático. Normalmente os preços são melhores e tem mais promoções. Já aconteceu de eu pesquisar uma câmera e a mesma mercadoria estar com uma diferença de quase R$ 200 entre loja física e online”, afirma.

A analista de marketing Carolina Freitas é mais uma adepta do comércio eletrônico. “A maioria dos móveis eletrônicos e eletrodomésticos que tenho em casa foram comprados pela internet. Não tenho paciência de ir a uma loja física, ter que aguardar o vendedor ou enfrentar fila, sendo que posso fazer tudo mais rápido pela internet ou até mesmo por aplicativo. Pesquiso sobre o produto em vários sites, vejo as fotos e especificações, bem como a opinião de quem já comprou antes de concretizar a compra. Atualmente, pelo menos R$ 350 mensais são prestações de itens adquiridos online”.

Mais vantajoso

Para o economista e especialista em finanças Leandro Martins, montar um negócio virtual é mais barato e vantajoso. “Existem diversas despesas em uma loja física como aluguel, funcionários, manutenção que torna o custo alto para o empresário. A saída para muitos é aproveitar as possibilidades que a internet oferece”, explica.

Entre outros benefícios, o economista fala sobre a abrangência. “A venda não fica restrita apenas para aquela localidade. É possível enviar produtos para diversas partes do Brasil e até do mundo, o que aumenta as chances de obter maior faturamento. Uma loja física também só funciona em horário comercial, enquanto uma online está disponível 24 horas por dia”, finaliza.