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Incidência de lesões faz atletas e amadores desistirem do esporte

Quem acompanha esportes de perto sabe que as lesões sempre estão em pauta nesse segmento. No começo deste ano, o tenista escocês Andy Murray anunciou que iria se aposentar, com 31 anos, após o torneio de Wimbledon, pois não aguentava mais ter que conviver com as dores. “Não me sinto bem. Tenho tido dificuldades há muito tempo e sentido muitas dores nos últimos 20 meses. Fiz praticamente tudo o que podia para melhorar a minha lesão na anca, mas não tem evoluído muito”, disse o jogador.

Porém não é apenas os profissionais que jogam tênis que passam por esse tipo de situação; no futebol também tem atletas que penduraram a chuteira cedo por causa de lesões. Um exemplo conhecido é o do ídolo do Cruzeiro e da seleção brasileira Tostão, que aos 26 anos parou de jogar profissionalmente devido a um problema adquirido após uma bolada no olho.

O ortopedista Lincoln Costa afirma que, no esporte de alto rendimento, os atletas são levados ao limite para conseguir atingir o máximo durante as competições. “Eles estão sempre buscando o desempenho máximo e performar da melhor maneira possível, o que exige muita força, velocidade e chegam ao extremo nos treinamentos. Por isso, eles estão sempre sujeitos às lesões”.

Um exemplo citado pelo médico é Neymar. Mesmo após ter feito uma cirurgia no pé direito no ano passado, está sofrendo de novo com problemas no mesmo local. “Não posso avaliar direito o que aconteceu, porém vendo de longe acho que a recuperação foi acelerada, devido a proximidade da Copa do Mundo e, agora, ele voltou a sentir”.

Atletas amadores

As lesões inesperadas também acontecem com atletas amadores. Em busca de uma melhor qualidade física, as pessoas comuns acabam exagerando e se machucando sem querer. Um exemplo disso aconteceu com o funcionário público Hebert Gomes. Ele conta que começou a correr na rua porque queria perder peso. “Eu precisava emagrecer e resolvi fazer o esporte mais barato de todos: corrida de rua. No começo achei que era só ir para a rua e começar a praticar a atividade, porém com o passar das semanas comecei a sentir um certo desconforto no joelho”.

Após o ocorrido, Gomes procurou um ortopedista que o orientou melhor sobre a prática dessa atividade. “Ele me informou que eu deveria conciliar a corrida com musculação, pois o meu joelho estava fraco e por isso doía. Além disso, disse também que o tênis é um fator fundamental para a corrida”.

Costa reitera a importância de ter a orientação de um profissional para fazer qualquer atividade física. “O educador físico sempre irá ajudar a pessoa a realizar o movimento da melhor maneira para evitar lesão e potencializar os resultados”, finaliza.