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Comércio vai deixar de faturar R$ 7,6 bi com feriados em 2019

Feriado é sinônimo de descanso para a maioria das pessoas, mas para o mercado é prejuízo na certa. Conforme estimativa da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomércio SP), o Brasil deve deixar de movimentar 7,6 bilhões no comércio varejista por conta das datas comemorativas. Mesmo assim, o montante é 32% inferior aos R$ 11,3 bilhões estimados no ano passado. O valor representa um dia e meio de comércio completamente fechado.

Em Minas Gerais, o impacto será de aproximadamente R$ 670 milhões. Para o economista da Fecomércio MG Juan Moreno, as perdas para o comércio serão menores, pois haverá mais feriados aos fins de semana e menos possibilidades de recesso prolongado. “O setor deixa de gerar receita em função da inviabilidade de funcionamento e da redução do fluxo de clientes”.

Neste ano há oito feriados nacionais por vir e quatro deles aos sábados ou domingos. É o caso do 21 de abril, Dia de Tiradentes (domingo), 7 de setembro, Independência (sábado), 12 de outubro, Nossa Senhora Aparecida (sábado) e 2 de novembro, feriado de Finados (sábado).

Ainda segundo estimativa da Fecomércio SP, o setor de outras atividades, o qual está inserido o comércio de combustíveis, joias e relógios, artigos de papelaria, dentre outros, é o que deve contabilizar a maior perda, totalizando cerca de R$ 3,16 bilhões. Já a atividade de supermercados perderá cerca de R$ 1,93 bilhão em 2019.

Os demais segmentos que devem deixar de faturar são farmácias e perfumarias, seguido de vestuário, tecidos e calçados, sendo R$ 1,1 bilhão e R$ 801 milhões, respectivamente. Por último, o ramo de móveis e decoração, com montante atingido de R$ 620 milhões.

Varejo otimista
Em 2019, o impacto dos feriados será menor e a expectativa para o setor é manter o desempenho favorável do ano anterior. Estudo feito pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) prevê crescimento entre 4 e 5%. “Os consumidores e empresários estão com a confiança mais elevada com o novo governo e a inflação também está mais estável. Ainda temos poucas informações, mas temos visto uma lenta retomada no crescimento”, diz Moreno.