Com a expectativa de melhorias na economia do país em 2019 dentro da cadeia de eventos, a Associação Brasileira dos Promotores de Eventos (Abrape) realizou, nos dias 27 e 28 de novembro, o III Congresso Brasileiro dos Promotores de Eventos no Expominas BH. Além da esperança de crescimento para o setor, o evento teve como foco trazer um novo olhar a respeito do segmento no que se refere ao modelo de negócio utilizado pelos produtores nos últimos anos, abarcando o debate da meia entrada, Lei Rouanet e o ECAD, além de outros temas pertinentes ao setor.
O evento foi mediado por Carlos Alberto Xaulim, presidente da ABRAPE, Doreni Caramori, vice-presidente nacional da entidade, tendo a participação de nomes da política como, o deputado federal e senador eleito Rodrigo Pacheco (DEM); o vereador de Belo Horizonte Léo Burguês (PSL); o Ministro da Cultura, Sérgio Sá Leitão; o jornalista esportivo Rafael Henzel, e demais nomes que fazem o mercado despontar no Brasil.
Abrindo as discussões, Xaulim falou sobre a importância dos eventos para o Produto Interno Bruto (PIB). “No quesito serviços diretos e temporários com certeza não existe nenhuma área que conte tanto para a indústria criativa quanto a de eventos. No entanto, ainda tem muita gente trabalhando com falta de critério e, além disso cheio de pessoas querendo dar carteirada e usando de má fé em relação as questões da meia entrada”.
Segundo o presidente, além da situação da meia entrada, o ECAD ainda precisa ser melhor visto. “Quem nunca passou pelo crivo do ECAD? Como que eles conseguem fazer um cálculo de público de um show de forma tão rápida? Somos obrigados a engolir certos tipos de pessoas que gostam de ganhar vantagem com o chapéu alheio. Reforço ainda sobre as entidades que usam de vendas de carteiras estudantis e às vezes falsas na questão da meia entrada. Um privilégio para alguns e uma punição para quem faz um trabalho sério”.
Para Xaulim, é necessário um acordo. “Precisamos criar um pacto. Será que os mesmos artistas ainda são os que o público deseja ver? Será que o preço dos equipamentos não estão altos? Será que existem artistas que ainda acreditam que podem acabar com a crise econômica sozinhos? É preciso que cada pessoa faça a sua contribuição. Não nos falta talento e competência e sei que juntos somos muito mais”.
Em seguida, Anderson Queiroga, um dos grandes nomes da produção musical no país e que já trabalhou com Chico Buarque, Maria Bethânia e Caetano Veloso, falou sobre parte da sua carreira e trabalho na Abrape. “Após ter participado da turnê do disco “Circuladô” de Caetano Veloso, tive a chance de estar mais próximo dos eventos e ver como funcionava. Assim, em 1992 conseguimos montar a Abrape. Acho interessante ver que associação, que tem 26 anos de existência, está na luta por melhorias”.
Em seguida, Pacheco disse que o setor de eventos representa o desenvolvimento do país. “É preciso que exista todas essas ações para que haja a transformação do setor. Vocês são a expressão do desenvolvimento. Ou seja, estão dentro dessa cadeia de arrecadação que gera empregos e mobilizam as cidades por onde passam, tendo o papel de levar alegria para um povo muito mais humilde. Isso é um sinal de qualidade”, complementou.
História de vida
Fora os grandes nomes que cercaram o III Congresso Brasileiro dos Promotores de Eventos, houve espaço também para a emoção. Passados dois anos da fatalidade com a Chapecoense em 2016, o jornalista esportivo Rafael Henzel, um dos sobreviventes, esteve no evento para uma palestra que trouxe como tema o seu livro. “A mensagem é acreditar. Considero que tudo o que aconteceu foi um milagre, mas eu não esperei um segundo milagre. Nunca pensei que ia morrer, mesmo acordando no meio do mato. Fiz os exercícios que tinha que fazer, planejei voltar ao trabalho 40 dias depois do acidente e voltei. Enfrentei todos os medos, voltei a voar, fui ao estádio em que seria o jogo”, conta o jornalista.
Expominas BH
Sob gestão privada, um dos maiores e mais importantes centros de convenções do país, o Expominas BH destaca-se por seu padrão internacional e sua versatilidade. A casa oferece espaços para feiras, exposições, congressos, eventos corporativos e sociais, além de outras atividades de diferentes portes e formatos.
Em local de fácil acesso, único da América Latina interligado ao metrô da cidade, o Expominas possui uma área construída de 72 mil metros quadrados, comportando um público de aproximadamente 45 mil pessoas. Suas modulações para três pavilhões e uma arena permitem a realização de eventos e ações simultaneamente, com conforto e segurança. O espaço multifuncional oferece ainda estacionamento com capacidade para 2.200 vagas. Informações no site.