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Brasil prepara 2020

A Olimpíada em casa em 2016 rendeu ao Brasil o seu melhor desempenho na história dos jogos. A previsão de antes do início das competições não foi alcançada, mas os números máximos de medalhas e de ouros foram superados. Com sete medalhas de ouro, seis de prata e seis de bronze, o top10 no quadro de medalhas não veio, mas a 13ª posição foi honrosa para o país-sede.

Pensando em uma boa participação em Tóquio 2020, o Comitê Olímpico do Brasil (COB) realizou diversas ações no Japão visando à preparação das bases brasileiras para os Jogos Olímpicos de Tóquio 2020. A maior delas aconteceu no evento-teste da vela, em Enoshima. Durante a competição, que terminou em setembro, o COB simulou a operação que será colocada em prática durante os próximos jogos olímpicos.

O trabalho continuou, quando a seleção brasileira feminina de vôlei desembarcou no Japão para o Campeonato Mundial, quando o COB também ofereceu estrutura para a preparação da equipe. Integrantes da entidade ainda visitou a praia de Tsurigasaki, em Chiba, local de competição do surfe em 2020, para definição de questões logísticas. Ao todo, o Time Brasil contará com oito bases de apoio no Japão para melhor aclimatação ao clima, fuso horário e alimentação.

Em Enoshima, onde Martine Grael e Kahena Kunze foram campeãs do evento-teste da vela, o COB disponibilizou aos quatro atletas da equipe e comissões técnicas, hospedagem, alimentação brasileira, fisioterapia e transporte. Além disso, foi montada toda a logística dos barcos, que foram enviados da Europa e ficarão guardados em um depósito do Time Brasil até 2020.A preparação do vôlei feminino para o Campeonato Mundial também foi uma simulação da aclimatação para os Jogos Olímpicos, para que os atletas e oficiais possam avaliar os pontos a serem melhorados para 2020.

A operação do COB no Japão já vem acontecendo ao longo 2018. Em agosto, o COB já havia realizado simulações da logística com a equipe de natação, que se preparou para o Pan-Pacífico em Sagamihara. Em junho, o suporte das bases do COB foi para handebol masculino, em Ota, e judô, em Hamamatsu. Para 2019, o COB aproveitará o calendário de eventos-testes oficiais para realização novas ações. As oito bases de apoio do Time Brasil farão de Tóquio 2020 a operação mais complexa da história olímpica brasileira.

O fuso horário é um dos principais fatores que está sendo levado em conta no planejamento do COB para os Jogos Olímpicos de 2020. O clima quente de Tóquio nesta época do ano é outro ponto de atenção que já está sendo trabalhado pelo COB. As modalidades ao ar livre precisarão se adaptar aos desafios climáticos, que certamente terão impacto direto na performance esportiva. Assim, treinar nestas mesmas condições se torna um fator de grande importância.
O COB tem a previsão de uma delegação brasileira em cerca de 250 atletas nos Jogos Olímpicos de Tóquio. Antes da abertura da Vila e durante os Jogos, os atletas terão à disposição bases em Chiba, Enoshima, Hamamatsu, Sagamihara, Saitama, Ota, Koto e Chuo, esta última bem perto da Vila Olímpica.

A principal base de apoio do Time Brasil em Tóquio será na Universidade de Rikkyo. A previsão é de que mais de 100 atletas utilizem a instalação. Sagamihara terá toda estrutura para treinamento e recuperação, além de alimentação. Hamamatsu será à base do judô e do tênis de mesa. Enoshima, Ota e Koto serão os demais locais de preparação do Time Brasil no Japão. As modalidades que ficarão em cada local estão em fase final de definição e serão apresentadas de acordo com a classificação dos atletas para os jogos.

As bases de aclimatação no Japão são: Chiba – surfe; Enoshima – vela; Hamamatsu – beisebol, ginásticas, golfe, judô, remo, rugby e tênis de mesa; Sagamihara – badminton, canoagem velocidade, esgrima, futebol feminino, natação, nado artístico, saltos, triatlo e vôlei feminino; Saitama – atletismo, boxe, levantamento de peso, caratê, wrestling, taewkondo, polo aquático, pentatlo e basquete; Ota – handebol, maratona aquática, tiro com arco, vôlei de praia e vôlei masculino; Chuo – lounge famílias, serviços de performance, restaurante com comida brasileira, treinamento de esportes de combate, sala de força, fisioterapia, sala de coletiva em Koto – vôlei masculino e feminino.

Com uma estimativa de arrecadação de R$ 225 milhões (7,1% a mais do que em 2017), o COB repassou às Confederações, ou investiu diretamente em atletas ou equipes, um total de R$ 139 milhões, o que significa um aumento de 10,8% em relação a 2017.
Esperamos que a organização das Confederações dos esportes faça um bom investimento em tecnologia, infraestrutura e apoio as comissões técnicas e atletas para grandes conquistas em 2020 com mais medalhas. Vai Brasil!

*Jornalista – sergio51moreira@bol.com.br