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Mercado de cavalos injeta mais de R$ 16 bi na economia

O Brasil possui o terceiro maior rebanho de equinos do mundo. Segundo dados do Estudo do Complexo do Agronegócio Cavalo, realizado pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz/Universidade de São Paulo (Esalq/SP), esse mercado é responsável por movimentar um montante de R$ 16,5 bilhões ao ano. O setor gera cerca de 3,2 milhões de postos de trabalho diretos e indiretos, número que é seis vezes maior do que emprega a indústria automobilística, por exemplo.

O presidente da Associação Brasileira dos Criadores do Cavalo Mangalarga Marchador (ABCCMM), Daniel Borja, explica que o segmento é movimentado por vendas de equinos, laboratórios e produtos veterinários, além da mão de obra. “O segmento é maior do que todos pensam. O mercado equino é muito grande, quem não conhece não tem noção do quão importante ele é para a economia nacional”, afirma.

Borja elucida que as expectativas para este ano são positivas. “O cenário é promissor. Estamos fazendo mais do que o dobro de eventos que fizemos no ano passado, o que vai gerar um montante significativo”.

Um dos principais destaques desse nicho econômico são os animais da raça Mangalarga Marchador que, no ano passado, apresentaram um crescimento de 10,2% em número de negócios e expansão. “Ele é o mais conhecido no país, é o típico cavalo de sela, de cavalgada e do usuário. Atualmente, o Mangalarga representa o dobro de todas as outras raças existentes no Brasil”, explica o presidente.

Os números mostram a popularidade do Mangalarga. Somente no ano passado, foram realizados 352 leilões que angariaram cerca de R$ 141 milhões. Em 2016, foram 301 leilões arrecadando uma média de R$ 121 milhões. O plantel da raça (lote de animais) é de aproximadamente 600 mil. E somente o mercado entorno do Mangalarga Marchador gera 40 mil empregos diretos e mobiliza 200 mil pessoas no campo indiretamente.

[box title=”Curiosidade… ” border_width=”5″ border_color=”#000000″ border_style=”solid” align=”left” text_color=”#000000″]O Mangalarga é o fruto do cruzamento de cavalos Álter, de origem portuguesa, com éguas selecionadas para sela, o sucesso da raça se deve à versatilidade que o animal apresenta que se divide entre animais utilizados no trabalho, lazer e esporte.[/box]

Copa do Mundo dos Cavalos

De acordo com Borja, Minas Gerais tem grande destaque no setor de equinos. Somente na ABCCMM, metade dos associados são daqui. O estado será palco da 37ª Exposição Nacional do Cavalo Mangalarga Marchador, que o presidente diz ser a Copa do Mundo dos Cavalos. “Faço essa analogia porque é o maior evento equino da América Latina. Durante todo o ano, temos premiações regionais e essa é a oportunidade que os expositores têm de receber o prêmio de melhor cavalo do Brasil”.

O evento recebe aproximadamente 2 mil cavalos e promete atrair pelo menos 220 mil pessoas. “Têm visitantes de todo o país e também do exterior. No ano passado, tivemos mais de 18 estados presentes, sendo do Sul, Nordeste e Centro-Oeste, além dos mineiros, obviamente”.

O evento vai acontecer do dia 17 a 28 de julho. Além de todas as atrações acerca do mercado equino, haverá também inúmeras atrações para a família e, principalmente, para as crianças, como o espaço kids e a minifazendinha, uma vez que a maioria delas estão de férias escolar.

Durante todos os dias do evento, cantores e duplas sertanejas irão se apresentar no local. No dia 27 de julho, haverá show da dupla Zezé di Camargo e Luciano.

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