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Confronto entre Aécio Neves e Dilma Rousseff parece inevitável

“Em política tudo é possível. A única coisa que não acontece é boi voar”. Foi o que disse o deputado do MDB, Ivair Nogueira, ao ser indagado sobre alianças que estão sendo cogitadas para a disputa eleitoral de 2018.
O que comprova essa análise do parlamentar é que, até agora, ninguém desmentiu o boato indicando a candidatura de reeleição de Aécio Neves (PSDB) ao Senado. Na verdade, a informação já é dada como certa e o tema tem sido especulado pela imprensa nacional, principalmente, depois de sua última reunião com o presidente Michel Temer (MDB), no Planalto.

Por conta disso, os petistas decidiram apostar no nome da ex-presidente Dilma Rousseff para também pleitear uma vaga na Câmara Alta do Congresso Nacional. Feito isso, o confronto entre PT e PSDB será acirrado, com o escopo de turbinar a polarização, beneficiando diretamente os dois. Por outro lado, os demais candidatos ao posto poderiam ficar prejudicados.

O ex-presidente da Assembleia Dinis Pinheiro (Solidariedade) foi lançado, recentemente, como candidato ao Senado e, no mesmo dia, declarou apoio à candidatura do tucano Anastasia ao governo de Minas, mas, a partir dessa novidade, qual for a reinserção de Aécio na disputa majoritária, é provável que o ex-presidente do Legislativo mineiro repense a decisão de marchar ao lado do tucano.

O jornalista e comunicador Carlos Viana também ficou inerte em relação à informação do retorno de Aécio ao cenário da disputa mineira. Políticos experientes consideram a volta do senador como uma ducha de água fria na campanha de Anastasia ao governo. “Até porque ele começou a propalar que sua agenda era completamente descolada de seu antigo padrinho político”. Pelo menos é o que dizem os adversários.

Governo de Minas
No que diz respeito à disputa ao governo de Minas, continua a expectativa para saber o rumo a ser adotado pelo MDB, maior partido do estado. Com diretório em praticamente todos os municípios, maior número de prefeito, vereadores e bancada estadual na Assembleia, o partido segue dividido em três alas. Para analistas, a sigla só decidirá o que e como fazer, dois dias antes da convenção oficial, ou seja, no início do mês de agosto. Enquanto isso, o vice-governador Antônio Andrade e o presidente da Assembleia, Adalclever Lopes, continuam insinuando serem candidatos do partido, o que torna a situação ainda mais confusa.

Além disso, circulam pesquisas internas que sinalizam o seguinte: a candidatura de Marcio Lacerda (PSB) ao Palácio da Liberdade ajudaria a puxar votos para Ciro Gomes (PDT) no estado. No entanto, se ele fosse vice do presidenciável, não teria chance de aumentar o potencial de simpatizantes do ex-ministro. “Quem tem dito que Lacerda não é candidato ao governo são os adversários. O grupo dele e ele próprio nunca disseram isso. Ele é a terceira via e corre por fora se transformando em uma opção para o eleitor no dia da votação”, comentou o deputado Roberto Andrade (PSB), um dos aliados do ex-prefeito de Belo Horizonte.