O setor supermercadista no Estado comemora a presença de cinco redes mineiras entre as 20 maiores do país no ranking da Associação Brasileira de Supermercados (Abras). O Termômetro de Vendas – pesquisa mensal da Associação Mineira de Supermercados (AMIS) – mostra que as vendas cresceram 0,58% no primeiro bimestre.
A sondagem revela ainda que houve uma queda de 1,28% na comparação de fevereiro com janeiro, contudo a análise sinaliza que é uma variação esperada. “O resultado negativo em fevereiro é considerado normal. Os principais fatores apontados pelos supermercadistas para explicar essa diferença são: 31 dias em janeiro contra 28 em fevereiro; boa parte das lojas não abre na segunda ou na terça de Carnaval (a data depende da negociação com o sindicato dos empregados); janeiro teve um domingo a mais, que é um dia importante para as vendas do setor; além disso, se janeiro é o mês em que o consumidor ainda conta com o dinheiro das férias, em fevereiro é quando ele retorna com pouca renda e opta por comprar apenas o básico para casa”.
Diante disso, a expectativa é otimista, segundo o que aponta a pesquisa e é o que diz o superintende da Amis, Antônio Claret. “Nós temos um desenho de expectativa para o ano que é um crescimento de 2,8% em relação ao ano passado. Em 2017, o setor vendeu mais de R$ 34 bilhões em Minas”.
Já sobre os produtos, a pesquisa mostra que as vendas estão em equilíbrio. “Não percebemos nenhuma distorção no que diz respeito a algum produto ou área. Pelo contrário, pois alguns itens que estavam sendo pouco demandados pelos consumidores começaram a ser procurados novamente. Por isso é importante ter atenção ao mix de produtos, inclusive em relação a localização da loja”.
É crescente o número de estabelecimentos que estão oferecendo produtos que adotam a marca da rede. “A marca própria leva a confiança que o consumidor tem a respeito do supermercado. E normalmente é uma boa alternativa em relação a qualidade e preço. Percebemos que quem adotou a prática tem tido êxito na iniciativa”, explica Claret.
Com inflação baixa e a redução de juros o comportamento do consumidor em relação ao meio de pagamento é equilibrado. “Tem gente que prefere pagar nas três opções. Não houve uma mudança de comportamento neste sentido”, salienta o superintendente.
Ranking nacional
Minas Gerais possui o mesmo número de redes supermercadistas de São Paulo entre as 20 maiores. E considerando as cinco empresas de cada Estado, o faturamento está bem próximo: R$ 16,43 bilhões para as paulistas e R$ 15,39 bilhões para as mineiras.
Segundo Claret, o destaque de Minas no ranking aponta como é importante ter uma visão empreendedora. “Eles alcançaram essa posição devido a coragem e posicionamento de mercado do empresário. Não se chega nesse patamar se não houver um trabalho extremamente profissional e voltado para o consumidor. Essas redes nos enche de alegria, pois, pela primeira vez na história, Minas colocou 5 empresas entre as 20 do Brasil. E mais, as redes resolveram se expandir no Estado, antes tínhamos lojas apenas em Belo Horizonte ou Grande BH, mas hoje elas estão indo para outras regiões, fator que as fizeram se destacar em âmbito nacional”.
Impulso para o pequeno
Claret diz que a Amis oferece, além do trabalho de monitoramento constante, o suporte tanto para o pequeno quanto o grande negócio. “Nós realizamos cursos e eventos a todo momento para fomentar essa questão da excelência gerencial e para que eles se posicionem melhor no mercado”.