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Colecionadores contam como começaram a reunir objetos

Quem nunca tentou colecionar alguma coisa? Figurinhas, miniaturas, pelúcias, dentre outros itens. Para muitas pessoas, isso é apenas uma brincadeira, já para outras, coleção é coisa séria.

O ato de colecionar objetos é iminente dos seres humanos, um exemplo é o jornalista Emanuel Gonçalves, 29, com as suas 130 camisas de futebol. Tudo começou há 12 anos, quando ele comprou uma do Manchester United do ex-zagueiro Rio Ferdinand. Depois desse dia, não conseguiu parar mais e possui algumas raridades em seu acervo, como a camisa usada pelo zagueiro francês Makelele na final da Copa do Mundo de 2016, a do título mais recente do mundial de clubes do Bayer de Munique, a do Arsenal em homenagem ao ex-técnico Herbert Chapman, que comandou o clube por 9 anos e uma do Boca Júnior do craque argentino Riquelme. “A minha paixão por futebol, principalmente, o europeu, me fez criar gosto e vontade de comprar as camisas”.

É justamente na Europa que começa essa mania de colecionar coisas, como explica a historiadora Júlia Calvo. “O primeiro registro dessa atividade vem da França Moderna e coincide com a expansão dos europeus para África e Ásia no século XIX. Os viajantes levavam objetos desses locais distantes para a Europa como uma curiosidade sobre o exótico e uma forma de fortalecer o sentimento nacional europeu e a superioridade (eurocentrismo). A ideia era mostrar o avanço da civilização europeia frente a outras e como essas eram ‘antigas’ numa proposta civilizatória e evolutiva”.

O funcionário público Hebert Gomes coleciona moedas, principalmente, as do Brasil. Ele tem todas, desde o Cruzeiro, com destaque para a série comemorativa de 50 anos da declaração dos Direitos Humanos – lançadas na década de 1990 e as dos jogos Olímpicos no Rio.

Ele também possui várias estrangeiras, como as moedas comemorativas dos EUA, de Omã, Bangladesh, euro de vários países, entre outros. “Comecei a colecionar esse objeto por perceber que as moedas contam a história de um lugar, seja por meio das imagens, quanto por simbolizar um momento, como é o caso do Cruzado, que ficou marcado no período de hiperinflação no Brasil”.

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O estudante Rafael Parreira também é movido pela paixão por suas coleções de filmes e HQs. Ele começou a agrupá-los quando ainda era criança, período no qual o seus pais compravam fitas cassetes dos desenhos da Disney e as revistinhas em quadrinhos da turma da Mônica.

Rafael tem como grande paixão os filmes e diz não se lembrar qual foi exatamente o seu primeiro longa-metragem dentre os 242 que possui atualmente. “É difícil escolher qual gosto mais, pois tenho carinho por todos. Eu sou apaixonado pela trilogia do Poderoso Chefão e o box dos filmes de Chaplin”.

A coleção de HQs também começou na infância, mas teve um longo período de pausa, pois ele perdeu o baú onde as guardavas e só foi retornar há 9 anos. Rafael relatou que, devido a esse hiato, perdeu várias revistinhas, principalmente, as da Mônica e do Chico Bento. “Essa é a coleção que tenho menos exemplares – aproximadamente 50 -, pois existem HQs muitos caras”.

Os colecionadores acreditam que as suas coleções não possuem preço, pois aqueles objetos têm valor sentimental e o que vale mesmo, para eles, é a satisfação de tê-los e sempre adquirir mais.

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