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Vigílias

Deputado será ministro

Em Brasília, tem-se como certa a ida do deputado federal mineiro Rodrigo Pacheco (PMDB), para o Ministério da Justiça, no lugar de outro peemedebista, o paranaense Osmar Serraglio, que na avaliação da crônica política da Corte, não tem se saído bem nestes primeiros meses de comando. Atualmente, Pacheco é o presidente da influente Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ), na Câmara Federal.

Ausência de mineiros

Ao ser homenageado com a entrega da Medalha Lucas Lopes, o ex-deputado e engenheiro Aloísio Vasconcelos disse: “É a primeira vez, desde o Império, que Minas não tem um assento no poder central”. Vale dizer que há mais de 200 anos, quando é formada a equipe dos governos no país, de qualquer origem ideologia, sempre havia nomes de representantes do nosso Estado. Só que desta vez, o presidente da República, segundo as palavras do homenageado, resolveu virar as costas para Minas.

Cemig e os deputados

“A Cemig está prestes a perder cinco de suas principais usinas para o Governo Federal que, por sinal, está desrespeitando um contrato que temos de renovação preferencial, datado de 2009. Se isso acontecer, vamos perder 50% de nossa capacidade na geração de energia. E, mesmo assim, não há uma defesa forte de setores de nosso Estado para tentar abalar o governo em Brasília contra essa crueldade. Rogo o apoio incondicional dos 50 deputados e dos três senadores no sentido de pressionar o presidente da República, os ministros e tudo mais que for necessário, para resolver a questão. Carecemos da efetiva união dos mineiros”. Um desabafo do presidente da Cemig, Bernardo Afonso Salomão de Alvarenga.

Comprando os parlamentares

Ex-deputado constituinte e ex-militante sindical, o advogado paulistano Airton Soares disse em uma entrevista na TV: “Está havendo corrupção, em Brasília, diferente do esquema Lava Jato. É que o Governo Federal liberou R$ 2 bilhões em emendas parlamentares e nomeou uma porção de afilhados dos políticos para cargos públicos, cuja contrapartida é votar em favor da Reforma da Previdência”.

Símbolo da corrupção

Ainda de São Paulo, o historiador Marco Antonio Villa, durante debate na TV Cultura, disparou: “O deputado Paulo Maluf (PP) é o símbolo da corrupção nacional e, mesmo assim, continua todo faceiro pelos quatro cantos do país. Algema nele pessoal”, recomenda o historiador.

Comando do PT

Reeleita para mais um mandato como presidente do Partido dos Trabalhadores (PT) em Minas, a militante política Cida de Jesus, em sua primeira entrevista, fez referência aos planos do partido para os próximos anos e aproveitou para alfinetar Temer (PMDB). “Ele disseminou a política do ódio em nosso Brasil. Além disso, está acabando com as conquistas sociais da população mais humilde. Assim, não é possível. Vamos trabalhar para mudar este cenários”, disse.

Recomendação do ministro

Na qualidade de ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ayres Britto mandou um recado ao juiz Sérgio Moro, operador da Operação da Lava Jato. “Em qualquer circunstância, a Justiça tem de se manter ereta. Não pode se submeter, não deve claudicar. Assim, como os políticos não devem deixar de ser políticos, a Justiça não pode abrir mão de fazer Justiça”, relembrou o ex-membro da Corte Superior.

Comentário único – Resta saber se o influente juiz estaria com tempo e disposição para ouvir conselhos.

Governo sem expressão

Quando soube de pesquisas apontando a desidratada popularidade do presidente Temer (PMDB), na média de 5% em todo país, o professor e cientista político da UFMG, Leonardo Avritzer, disse: “Daqui a pouco a sondagem sobre a popularidade dele vai dar traço, ou seja, zero. E aí se comprova a falta de expressão do atual governo, que só está de pé por conta do apoio recebido no Congresso Nacional”.

Sucessão em Minas

Quem tem a oportunidade de manter contato com o vice-governador, Antônio Andrade (PMDB), ouviu sua opinião: o PMDB topa aliança com qualquer grande partido, desde que a sua sigla seja cabeça de chapa. Nos bastidores, Andrade ensaia uma aproximação com o PSDB. Resta saber o que pensam os demais membros do partido, inclusive os deputados estaduais que, atualmente, não rezam a mesma cartilha de Andrade. Coisa da política mineira.

Saco de pancada

Com certeza, o juiz Sérgio Moro vai fazer parte da história do Brasil por sua postura. Mas, nem por isso, ele é unanimidade nacional. A experiente cientista política mineira, a professora Helcimara Telles, foi irônica ao saber que ele havia criticado o estilo de governo de coalizão. “Ele não deve entender nada de política. No Brasil, depois do regime militar, todos os governos tiveram que fazer alianças. Ou seja, estabeleceram coalizão sim, afinal, não adotamos o parlamentarismo”.

Tucano na moita

Com essa onda nacional de denúncias contra políticos de ideologias diferentes e de credos múltiplos, quem puder ficar no anonimato, certamente, estará se preservando. Esse é o caso do deputado federal Marcus Pestana (PSDB). Ele é ex-presidente do partido em Minas e foi secretário de Saúde na gestão Aécio Neves (PSDB). E mesmo com a delação contra o seu chefe, o parlamentar não se manifestou publicamente para defendê-lo. Uma espécie de filho ingrato.

A vez da JBS

Com experiência de anos como advogado em São Paulo e Brasília, o jurista Roberto Delmanto Jr., disse ter tido acesso a informações privilegiadas que demonstra a possibilidade de delação premiada do ex-ministro Antonio Palocci envolver os financiamentos estratosféricos do BNDES. E isso pode piorar ainda mais a situação da JBS, frigorífico que pelos comentários dos bastidores, pertence também ao filho do ex-presidente Lula (PT). É aguardar pra conferir.

Reforma milionária

Com sua estrutura já envelhecida pela ação do tempo, o Minascentro carece de uma completa reforma. E pelos cálculos da atual diretoria serão necessários investimentos da ordem de R$ 15 milhões. Muita grana, com certeza.

Prefeitos inoportunos

Recentemente houve um encontro de prefeitos em Belo Horizonte, cujo evento não compareceram o governador Fernando Pimentel (PT) e o presidente da Assembleia, Adalclever Lopes (PMDB). Os seus inimigos diziam que a ausência tinha a finalidade de evitar o encontro de ambos com o vice-governador Antônio Andrade (PMDB). Mas, segundo informações de bastidores, o chefe do Executivo foi orientado a se ausentar para não ouvir dezenas de reivindicações dos municípios, todos em dificuldades financeiras. Aliás, falta de dinheiro é o mesmo problema que assola o Governo Estadual.

Moldura petista

Encalacrado nas delações da Operação Lava Jato, o ex-presidente Lula (PT), tem confidenciado a amigos sobre a necessidade de se preservar o partido. Mas, na opinião do historiador paulistano, Leandro Karnal, isso é impossível. Um é a cara do outro. “O Lula e uma moldura do PT. Então, se um sucumbir, o outro vai de roldão”, prevê.

Comentário final. Os petistas mais fiéis não têm motivo algum para adotar essa frase do historiador de São Paulo. Eles não acreditam na condenação do Lula e consideram o PT o melhor partido de esquerda da América do Sul. Cruz credo, gente!

Lula, o retorno

Aqui, em Minas, o deputado Cristiano Silveira (PT), considera que toda essa onda de denúncias contra o ex-presidente Lula (PT) tem a finalidade de afastá-lo de vez da cena política, por temer o seu retorno de maneira triunfal à Presidência da República. Será?

Sávio na Assembleia

Mês passado, quando manteve contato com os secretários municipais de Saúde de diversos municípios, o atual secretário de Estado da Saúde, deputado Sávio Souza Cruz (PMDB), não negou, nem confirmou notícias indicando que, em junho, ele deixaria a Pasta para retornar à sua cadeira de parlamentar.

Reforma comprometida

O projeto de reforma política começa a ganhar corpo nos bastidores do Congresso Nacional. Paralelamente, os pequenos partidos entram em campo visando evitar que as denominadas siglas menores fiquem de fora do fundo partidário. Será, sem dúvida, um duelo de gigante.

Pequenos partidos

Minas Gerais, ao lado de São Paulo, tem uma quantidade enorme de pequenos partidos, mais conhecidos no meio político como siglas de aluguel.

Prefeito concentrador

Qualquer decisão emanada do prédio da Prefeitura de BH depende de uma autorização expressa do prefeito Alexandre Kalil (PHS). Essa é a pilhéria mais comum, ouvida nos corredores da Assembleia Legislativa. Ironias à parte, o chefe do Executivo, de acordo com informações de bastidores, mantém a administração debaixo de sua caneta.

Absurdo revelado

O governo do Paraná gastou R$ 110 mil para bancar o custo logístico da Polícia Militar (PM) durante a operação de segurança organizada para o depoimento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na Justiça Federal, em Curitiba. O petista foi interrogado pelo juiz Sérgio Moro no dia 10, em uma das ações penais em que é réu na Operação Lava Jato. É o Brasil!