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Onze nomes compõem quadro sucessório para próximo ano

Daqui a exatos 12 meses serão iniciados os movimentos finais em relação às eleições de 2018. Por enquanto, aumentam, dia a dia, as especulações sobre o tema. A última novidade que circulou nos bastidores da Assembleia foi à informação extraoficial, indicando que o marqueteiro Paulo Vasconcelos, ligado ao tucano Aécio Neves, teria sido contratado para iniciar os primeiros retoques em um projeto de marketing do prefeito de Betim, Vittorio Medioli (PHS), como provável futuro candidato ao posto de chefe do Executivo mineiro. Medioli é um dos 11 nomes interessados em discutir a sucessão para governador.

Encabeça a lista o governador Fernando Pimentel (PT); seguido pelo senador Antonio Anastasia (PSDB); o presidente da Fiemg, Olavo Machado; o ex-presidente da ALMG,  (PP); o deputado federal Rodrigo Pacheco (PMDB); o vice-governador Antônio Andrade (PMDB); o prefeito de BH, Alexandre Kalil (PHS); o atual presidente da ALMG, Adalclever Lopes (PMDB); o ex-prefeito Marcio Lacerda (PSB); e o ex-governador Alberto Pinto Coelho (PP).

Políticos experientes, como o deputado Ivair Nogueira (PMDB), avaliam que, se o pleito fosse hoje, a discussão sobre o assunto seria em torno desses nomes. Para alguns cientistas da cena política, dificilmente apareceria uma nova figura para disputar a preferência dos cerca de 16 milhões de eleitores mineiros em uma eleição onde, por enquanto, a incerteza é grande, especialmente, quanto ao financiamento de campanha, implementação de cláusulas de barreiras e outros itens em discussão, no Congresso Nacional, e com possibilidade de mudar o roteiro do colégio eleitoral do próximo ano.

No momento, o maior trunfo está nas mãos de Pimentel. Ele, ao invés de ficar debatendo seus problemas relacionados à Justiça, colocou o pé na estrada e tem visitado, semanalmente, três regiões do Estado, claro que sempre levando algum tipo de benefício para as prefeituras por onde passa.

Já Kalil tem se mantido em silêncio sobre a sucessão. Enquanto que o deputado Rodrigo Pacheco, atual presidente Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania da Câmara Federal, bem avaliado nas últimas pesquisas, tem desenvolvido um diálogo com outras lideranças, inclusive com o PSDB. Então, no momento, ele teria dois padrinhos fortes: Anastasia e Andrade, que também é o presidente do PMDB estadual.

A cena é favorável a Pacheco, pois, ele, juntamente com outro pré-candidato Dinis Pinheiro, por enquanto, estão fora da famigerada lista da delação premiada da Operação Lava Jato. Atualmente, sem mandato, Pinheiro já tem agenda de contatos políticos até o final de julho. Assim, ele vem realizando visitas a lideranças dos mais diferentes segmentos em todas as regiões de Minas. Seu entusiasmo foi maior, a partir deste mês, quando o seu nome apareceu com uma boa avaliação nas pesquisas realizadas por institutos.

 Lacerda ainda está hibernado. Depois de ter o seu nome mencionado ao recebimento de valores irregulares para sua campanha de prefeito, ele estaria esperando para ver o que vai ser de seu próprio futuro político.

Amigos próximos a Andrade estão com expectativa de que ele assuma o Governo do Estado em um prazo de 90 dias. Se isso ocorrer, todo o quadro sucessório seria alterado, pois na condição de governador, ele, com certeza, tentaria a reeleição. Mas, no momento, esse assunto pode ser avaliado apenas como uma conjectura.