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Self-booking é tendência para quem quer viajar e poupar

O que não falta na internet são sites e, até mesmo, grupos nas redes sociais que oferecem pacotes de viagem. Para quem gosta de montar o seu, as possibilidades são grandes e as chances de descontos também. Essa tendência tem um nome, self-booking, ou seja, o viajante compra as passagens, reserva o hotel, aluga o carro e escolhe os passeios. Segundo uma pesquisa do Melhor Embarque, realizada com mais de 5 mil viajantes, 85% dos consumidores preferem adquirir a sua viagem pela internet ao invés de ir à uma agência de turismo.

De acordo com a análise, as ofertas de viagens presentes na internet atraem os consumidores que, muitas vezes, não estão planejando viajar, mas são incentivados por promoções em passagens aéreas e hotéis. O estudo mostra que 71% dos consumidores entraram no site motivados por promoções e compraram as passagens anunciadas. Já 29% compraram outras passagens disponíveis. Outro dado da sondagem aponta que 79% das pessoas pretendem viajar nos próximos 6 meses no Brasil e 77% para fora do país.

De malas prontas

Para verificar, essa repórter pesquisou pacotes de viagens comuns (aéreo e hospedagem) e, também, realizou a simulação da compra separadamente, em alguns casos, a economia chegou a 20%

O analista de sistemas, André Amorim e sua mulher, sempre que podem viajam. Amorim é adepto ao self-booking, ele conta que gosta de utilizar sites para organizar suas viagens. “Para ir a Argentina, nós compramos a hospedagem no decolar.com. As passagens foram direto na companhia aérea. Já os passeios e ingressos para shows, nós tínhamos a opção de comprar aqui do Brasil, porém compramos lá, foi bem mais barato. Outra coisa que reduziu os custos, foi trocar o dinheiro lá, pois no Brasil era mais caro”.

Outro fator que ajudou muito o casal a economizar e aproveitar bem a viagem foi a utilização de transporte público. “Passeamos muito a pé e usamos transporte público. Além disso, tomávamos um café reforçado e, com isso, economizávamos com o almoço e podíamos jantar em um lugar bacana”, diz.

Ele destaca que no total economizaram cerca de 30%. “Assim, conseguimos fazer coisas que não estavam no cronograma, como compras e ainda fomos para o Uruguai”.

Gato por lebre

Mas, todo cuidado é pouco e um exemplo disso foi a experiência do mecânico Varlei Santos. Ele estava planejando sua lua de mel, quando encontrou uma pousada simples, mas, aparentemente, muito bonita na internet, com belas paisagens ao redor do chalé. Contudo, o cenário foi outro quando o casal chegou no local. “A minha história de lua de mel é realmente problemática, pois quando eu entrei no site, achei um lugar bonito, próximo de Juatuba. Foi fácil de reservar, porém chegando lá a paisagem e o local eram diferentes e horríveis. Mas por falta de opção, para não perder a viagem e o dinheiro, resolvemos passar alguns dias naquele lugar. Infelizmente, essa é a lembrança da minha lua de mel”, conta.

 Direito do consumidor

         De acordo com o artigo 37 do Código de Defesa do Consumidor, uma publicidade é considerada enganosa quando induz o consumidor ao erro. Ou seja, quando traz uma informação falsa capaz de dar uma ideia diferente da realidade do produto ou do serviço ofertado. E isso é o que aconteceu com Santos, contudo, ele decidiu não fazer nenhuma reclamação oficial aos órgãos competentes.

Segundo a assessoria jurídica do Procon-MG, no comércio eletrônico, os consumidores devem redobrar a atenção quando compram online. Eles salientam ainda que na internet, por menor que seja uma loja virtual, haverá referências de experiências de outros consumidores, sejam positivas ou negativas e, essas informações são essenciais para o consumidor se decidir. Outro fator é desconfiar de ofertas muito vantajosas, inclusive, em relação ao preço. Se os valores estão muito baixos e fora dos padrões do mercado, devem ser entendidos como indícios de golpe.