Passado o turbulento processo de transição do governo e atentos às possibilidades e perspectivas, nós do setor produtivo, precisamos estar preparados não só para investir mas, principalmente, atualizados, capacitados e preparados para a retomada do desenvolvimento.
Nesse período, nos foi possível avaliar questões importantes nas nossas empresas e no mercado, com a queda de produção, perda de vagas de trabalho, entre outros tantos prejuízos que afetaram profundamente da vida de tantos brasileiros nos últimos meses.
Sabemos bem das nossas potencialidades, temos a experiência a nosso favor, acrescidas agora pelas incertezas políticas e econômicas que temos vivenciado nos últimos meses e tantos sacrifícios impuseram a todos os setores da sociedade.
Pesquisas mostram que a economia já começou a reagir e as projeções apontam para números positivos já no próximo ano, com a retração da inflação e aumento do PIB. Mas, os desafios ainda são muitos, especialmente para o setor industrial.
A agenda cobrada por todos os setores da economia prioriza o ajuste fiscal e as reformas da Previdência e trabalhista. Especialmente para nós do setor produtivo é crucial a reforma trabalhista.
O desafio, hoje, envolve não só atualizar e flexibilizar a legislação, como ainda reduzir a gigantesca e onerosa estrutura da Justiça do Trabalho, totalmente incompatível com a realidade. Criada em 1943, a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) ficou parada no tempo, enquanto o mundo viveu a revolução da tecnologia, da globalização dos mercados, da robótica e do acesso instantâneo à informação.
Ao mesmo tempo, temos outro desafio, reforçado por essa crise, de preparar nossas empresas, ou seja, nossos profissionais para a nova realidade do momento nacional e mundial.
*Presidente do Centro Industrial e Empresarial de Minas Gerais (Ciemg)