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Dia dos Namorados deve injetar R$ 18 bilhões na economia

Em média, os consumidores pretendem gastar R$ 196 com cada presente | Foto: Internet/Divulgação

Falta pouco para o Dia dos Namorados, considerada a terceira data mais importante não apenas para os empresários, mas também para os casais apaixonados. Segundo pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) Brasil, 57% dos brasileiros pretendem comprar presentes para a comemoração. Este ano, a expectativa é que sejam injetados cerca de R$ 18 bilhões na economia, valor próximo ao de 2021.

De acordo com o estudo, 56% dos consumidores garantem que devem comprar um único presente, enquanto 31% pretendem adquirir dois itens. Em média, o valor desembolsado será de R$ 196, sendo que essa quantia aumenta para R$ 234 entre as pessoas das classes A e B.

“O país ainda enfrenta um momento delicado de crise, o orçamento apertado e o aumento da inflação impactam nas compras. Embora para muitos consumidores o momento seja de conter os gastos, esta é uma data importante, em que o ato de presentear acaba sendo uma demonstração de afeto”, destaca o presidente da CNDL, José César da Costa.

O levantamento ainda aponta um dado alarmante, visto que 26% dos entrevistados que pretendem comprar presentes irão às compras mesmo com contas em atraso. Dentre estes, 66% estão com o CPF negativado em serviços de proteção ao crédito. Além disso, 8% deixarão de pagar alguma dívida para aquisição de uma lembrança para a pessoa amada.

“Para os que têm débitos em atraso ou estão negativados, existem outras formas de surpreender o parceiro. Fazer um esforço além da própria capacidade de pagamento pode comprometer ainda mais o orçamento. É preciso, acima de tudo, ter disciplina para conter os gastos e usar a criatividade”, orienta a especialista em finanças da CNDL, Merula Borges.

Otimismo no comércio varejista

Pesquisa da Fecomércio MG aponta que 80% dos empresários acreditam que as vendas este ano do Dia dos Namorados serão superiores às de 2021. “Devido ao seu apelo emocional e comercial, a comemoração movimenta praticamente todos os setores do comércio, sensibilizando consumidores de diversas faixas de idade e renda. O estudo permite aos lojistas se estruturarem para aproveitar melhor as oportunidades geradas pela data, que fecha o calendário promocional do primeiro semestre”, afirma a economista da Fecomércio MG, Gabriela Martins.

Arlindo Menezes é gerente de um restaurante e conta que a data faz aumentar o número de clientes no estabelecimento durante a semana da celebração. “A gente sempre faz algo especial, como promoções e uma decoração temática. Este ano, já estamos nos programando para ter música ao vivo para receber os casais. Em 2021, o movimento foi fraco por conta das medidas de isolamento, consequentemente, o faturamento não foi o desejado. Agora, esperamos crescimento de pelo menos 30% nos lucros”, revela.

Outro setor que tem retorno financeiro com o Dia dos Namorados são as floriculturas. “Desde o início de maio estamos recebendo encomendas de buquês personalizados. Cada unidade custa entre R$ 50 e R$ 150, dependendo do tipo de flor e embalagem escolhida. Também temos cestas de café da manhã, canecas e caixas de chocolate. São presentes que agradam a todos. Este ano, acredito que a data promete gerar excelentes lucros aos empresários do varejo”, afirma Natália Souza, proprietária de uma floricultura.

Giovanna Antunes é dona de uma loja de cosméticos e perfumaria e espera um movimento 20% superior ao ano passado. “Temos essências masculinas e femininas e nossas promoções costumam atrair bastante os consumidores. O que mais vende são os kits com perfume, desodorante e creme para o rosto e para as mãos. Maquiagens e produtos para limpeza de pele também são muito procurados”.

Gabriel Teixeira é proprietário de uma loja de presentes e afirma que a data é a terceira melhor em vendas. “As opções são as mais diversas e vão de R$ 15 até R$ 300. São almofadas ou copos personalizados, porta-retrato, pelúcias, dentre outros. Mesmo com o delivery, as vendas dos últimos 2 anos não foram tão boas e os lucros pequenos. Este ano, estou otimista e espero um faturamento 40% maior que 2021”.