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Candidatura de Viana ao governo não une a bancada estadual do seu partido

Viana não tem apoio total dos parlamentares | Foto: Divulgação

Até a véspera do feriado de 21 de abril, o senador Carlos Viana (PL) não havia conseguido um nome ideal para ser seu companheiro de chapa em sua incursão como pré-candidato ao governo de Minas. Já quanto ao nome para pleitear uma vaga ao Senado, a inclinação recai para o ex-ministro do Turismo, o atual deputado federal Marcelo Álvaro Antônio (PL).

No entanto, analistas consideram a situação de Viana bastante melindrosa. Um dos temas que tira o sono do político mineiro é saber que a sua pré-candidatura ao governo de Minas está longe de ser consenso entre os 9 deputados estaduais e muito menos em relação aos 8 parlamentares federais.

Fontes ouvidas por nossa reportagem avaliam que o grupo do presidente Jair Bolsonaro (PL), especialmente os seus filhos, o senador Flávio e o deputado federal Eduardo Bolsonaro, terá que costurar mais amiúde este projeto de ter um palanque próprio em Minas. “Caso contrário, corre o risco dessa pretensão em eleger o senador Carlos Viana ao governo do Estado ser uma canoa furada”, afirmam.

Para além dessas informações de bastidores, assessores do senador ficaram entusiasmados quando o assunto é a pesquisa encomendada pela Rádio Itatiaia, pontuando Viana com 5% das intenções de voto. “Isso apenas 15 dias após o seu nome ser colocado à disposição como candidato. Até lá pelo meio de agosto, ele poderá chegar aos 15%”, preveem.

Vice de Zema

Uma fonte palaciana garante que, no dia 2 de julho, o secretário de Estado de Governo, Igor Eto, renunciará ao cargo para ser o coordenador político da campanha de reeleição do governador Romeu Zema (Novo). Com isso, o nome do ex-secretário geral do Governo, Mateus Simões, estaria livre para outras empreitadas, inclusive, com possibilidade de ser indicado como vice na peleja do chefe do Executivo mineiro deste ano.

Em Brasília, mais precisamente na sala ao lado do gabinete do deputado federal Aécio Neves (PSDB), uma resenha política recente apontava que se o projeto de indicar o próprio Aécio para ser candidato ao governo de Minas não prosperar, o atual vice-governador Paulo Brant (PSDB) poderia ser um trunfo neste jogo. Ele tanto pode ser ungido como candidato dos tucanos ao Palácio Tiradentes, e, não sendo possível esta configuração, existe a chance também de Brant continuar na condição de vice de Zema. “O vice-governador é uma reserva moral, um nome de prestígio de nosso partido e de confiança nobre”, resumiu o presidente do PSDB estadual, deputado federal Paulo Abi-Ackel”.

Por outro lado, amigos de Brant deixam claro que ele não nutre qualquer intenção em ser candidato a deputado federal, conforme chegou a ser mencionado pela imprensa. Em síntese, pelo seu estilo sereno de tratar de assuntos políticos, ele não quer ser lembrado no futuro como um carreirista na política mineira.