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O novo comandante da capital mineira

Foto: Divulgação/PBH

O novo prefeito de BH, Fuad Noman, tomou posse, substituindo o ex-prefeito Alexandre Kalil (PSD), que se afastou para disputar a eleição majoritária para governador de Minas Gerais.

Fuad, como é conhecido, voltou a Minas Gerais pelas mãos do ex-governador Aécio Neves, tendo participação ativa no seu governo, bem como do ex-prefeito Marcio Lacerda e do ex-governador Antonio Anastasia.

Sem ter disputado uma eleição em Minas Gerais foi colocado como vice-prefeito de Kalil por uma conjuntura política e ficou por 3 anos e 3 meses semelhante ao ex-vice-presidente Marco Maciel, participando nos bastidores da administração e apagando os incêndios políticos e de relacionamento provocados por Kalil.

Homem inteligente e hábil, Ferrense de coração e como dizia o advogado e grande Poeta “Geraldo Mata Machado”, quem se banha e bebe das águas do rio Santo Antônio torna-se sábio, fato este já demonstrado por outros grandes nomes públicos, tais como: Clodomiro de Oliveira, Carlos Drummond de Andrade, José Aparecido de Oliveira, Costa Sena, Daniel de Carvalho, Alberto Pinto Coelho e tantos outros políticos que tiveram esta felicidade, desde a nascente do Rio em Conceição do Mato Dentro até a sua entrada no Rio Doce.

Com certeza promoverá outro relacionamento com a Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH), uma vez que o ex-prefeito não tinha mais diálogo e achava que este Poder Legislativo tinha que obedecê-lo a todo custo, pois tratava a maioria dos vereadores a ferro e fogo, sem lhes dar a menor importância.

Homem do diálogo e do convencimento e a partir de agora, como prefeito de fato e de direito, começa a ter um projeto político maior e o seu sucesso está diretamente ligado à relação com a CMBH e o sucesso como administrador municipal.

Fuad teve seu nome político, até então, ligado ao PSDB (Fernando Henrique, Aécio Neves, Anastasia e outros) e o jogo político para eleição do governo de Minas começa a se desenhar e especula-se até que ponto este relacionamento poderá ou não influenciar na condução do seu apoiamento.

O fato é que BH poderá ganhar em muito com sua entrada, mas receberá um problema do tamanho de um tsunami, dentre outros, deixado pelo ex-prefeito Kalil, que é o transporte urbano e suas consequências.

Todos estão esperançosos com a sua entrada: funcionários, CMBH, lideranças políticas e a população. Tudo indica que novos tempos virão e seu projeto político pode avançar.

Só nos resta aguardar para verificar o deslinde da sua administração e sua condução política, uma vez que a Prefeitura de Belo Horizonte é um portal para se alcançar escalões maiores.

*Joaquim Duarte
Engenheiro mecânico e perito judicial