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Pacheco filia-se ao PSD de olho na terceira via presidencial

Pacheco pode aceitar o desafio de disputar a Presidência da República | Foto: Divulgação

A confirmação da filiação do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, ao PSD provocou um alvoroço nos meandros políticos de Brasília, Belo Horizonte e São Paulo. Se antes o nome dele era avaliado como uma possível terceira via, agora isso se torna uma realidade, devendo demarcar seu espaço na disputa à Presidência da República.

O amadurecimento do projeto político do senador está ocorrendo desde o final do primeiro semestre, quando o presidente do PSD, Gilberto Kassab, sinalizou uma megaaliança, a nível nacional, para sustentar voos mais altos de Pacheco. Aliás, na data da eleição do parlamentar para a Presidência do Senado, ele recebeu o apoio dos 10 senadores pessedistas, inclusive os mineiros Antonio Anastasia e Carlos Viana. Desde então, abriu-se uma janela de aproximação que, agora, se confirma.

A partir disso, os contatos de Pacheco com o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), foram cada vez mais constantes. Os dois na mesma sigla, está pavimentada a estrada de um entendimento para a candidatura dele à Presidência e de Kalil ao governo mineiro, contando, possivelmente, com a participação de Anastasia, já que, em princípio, Viana tem a pretensão de também disputar vaga para o Palácio Tiradentes, neste caso, por meio de outro partido.

Projeto Kalil

A ida de Pacheco para o PSD ocorre no momento em que a Câmara de Vereadores de Belo Horizonte vem questionando a administração de Kalil. “Talvez, essa ‘dança das cadeiras’ provoque a hibernação dessas denúncias falaciosas de alguns vereadores envolvendo o prefeito da capital mineira”, comenta um amigo de Kalil.

E, caso isso se confirme, dois nomes podem fazer parte do grupo comandado por Kalil: o do presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), Agostinho Patrus (PV), para vice-governador e, concomitantemente, entra em cena também o secretário-geral do PSD nacional e ex-deputado federal, Alexandre Silveira, para disputar o Senado.

Arantes e Julvan

É cada vez mais hermético o projeto político do governador Romeu Zema. Filiado ao Partido Novo, ele tem até o início do ano para, se necessário, mudar de sigla. Certamente, uma coisa já foi avaliada pelos seus parceiros: o distanciamento necessário do presidente Jair Bolsonaro para não atrapalhá-lo em relação à sua popularidade no interior do estado.

Ainda sobre o governador, semana passada, circularam informações nos corredores da ALMG apontando o nome do primeiro vice-presidente da Casa, Antonio Carlos Arantes (PSDB), como sugestão a fazer parte da chapa de Zema. Arantes foi prefeito de Jacuí, no Sul de Minas, por três vezes, está no 5º mandato como parlamentar e é considerado um nome de fácil diálogo, inclusive nas discussões internas da Casa. Ele, nesta possível empreitada, contaria com apoio de centenas de lideranças do ramo produtivo do estado, especialmente no segmento do agronegócio, agroindústria e outros setores afins.

Registra-se ainda que o PSDB, do deputado Arantes, tem uma bancada de sete parlamentares no Legislativo mineiro e serviu de base de sustentação para o governo Zema ao longo destes quase 3 anos.

Segundo informações da imprensa, o presidente da Associação Mineira de Municípios (AMM), Julvan Lacerda, tem recebido convites constantemente para se filiar a vários partidos políticos. Por enquanto, atrelado ao MDB, de onde declaradamente almeja se afastar, ele, em suas andanças pelo interior, reafirma categoricamente a sua candidatura ao Senado no pleito do próximo ano.