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Quem sabe, sabe

Na foto: Luciana e Luciano Alves são influentes nomes que atuam nos bastidores da política na cidade de Juatuba

CANAL ABERTO

Ex-ministro Pazuello passou dos limites. O ex-ministro Eduardo Pazuello teve uma atuação desastrosa na pasta da Saúde e não deixa saudades. Como se isso não bastasse, além das mentiras na CPI da COVID, inclusive para tentar proteger o presidente Jair Bolsonaro, ele transgrediu os regulamentos militares ao participar de um ato político com o presidente no dia 23 de maio, no Rio de Janeiro. De acordo com o artigo 45 do Estatuto Militar, oficiais da ativa não podem participar de atos políticos. Foi aberto um procedimento administrativo contra Pazuello, que já foi notificado para justificar sua participação, sem máscara, na manifestação. Se a punição não for exemplar, o comandante do Exército poderá perder o controle dos militares e todos se sentirão autorizados a fazer política nos quartéis. Uma corporação de Estado não pode ser usada como instrumento político pelo presidente Bolsonaro ou por ninguém.

Duplicação da BR-040 vira uma novela. Quem passa rotineiramente pela BR–040, entre Belo Horizonte e Juiz de Fora, sabe o que é pagar pedágios sem ver canteiros de obras para a duplicação. Essa rodovia já deveria ter sido duplicada desde a década de 1980 e isso está longe de acontecer. Do total de 557 km que deveriam ser duplicados, somente 73 km foram realizados. A arrecadação com o pedágio passa dos R$ 800 milhões. O governo federal estuda uma nova concessão do trecho da BR-040. A previsão é que o leilão ocorra no final de 2022 e o contrato tenha início em 2023. Os impactos da falta de duplicação vão além do prejuízo aos motoristas. Sem as melhorias, mas com a cobrança de pedágio, os custos com o transporte de mercadorias aumentaram até 15%, o que é repassado ao consumidor final. Além disso, com a rodovia duplicada, diminui o número de acidentes e mortes. É um absurdo essas obras não serem concluídas.

Profissionais do transporte público querem ser vacinados. Os trabalhadores do transporte coletivo de Belo Horizonte estão reivindicando a imediata imunização contra a COVID-19. O assunto foi discutido numa audiência pública na Câmara dos Vereadores. Vale destacar que a categoria não parou de atender a população, não pode fazer rodízio e está há um ano e meio enfrentando a crise sanitária. Segundo o Ministério da Saúde, a orientação é que os trabalhadores do transporte coletivo sejam vacinados na 21ª etapa. O sindicato da categoria ameaçou paralisação para garantir o direito à imunização. Essa reivindicação é justa porque as chances de um profissional do transporte público se contaminar é igual a de um da saúde. Estão expostos ao vírus diretamente e não há equipamentos de proteção. Em outras cidades, a categoria já está sendo vacinada. Resta saber quando haverá vacinas, já que faltam insumos para a sua produção em todos os estados.

REAJUSTE DE ALUGUEL

Com a crise econômica gerada pela pandemia da COVID-19, é preciso negociar com cuidado os valores de aluguéis. Em Minas Gerais, o Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) sempre foi o principal indicador utilizado para calcular o reajuste e, em 2020, teve a maior alta desde 2002, chegando a 23%. Esse índice está muito alto se comparado com a inflação, por isso que é preciso negociar para se chegar a um acordo entre as necessidades do locador e do locatário. Diante da crise sanitária, o Senado poderá analisar um projeto de lei que determina que o aumento nos preços de aluguéis residenciais e comerciais seja feito pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que em 2020 foi de 4,56%. Portanto, neste momento, nada mais justo do que usar outros índices menores para o reajuste dos aluguéis, afinal, imóvel vazio não é bom para ninguém.

INSEGURANÇA ALIMENTAR NO PAÍS

No Brasil, mais de 125 milhões de pessoas não se alimentaram como deveriam ou tinham dúvidas quanto ao acesso à alimentação no futuro durante a pandemia. A informação é do estudo “Efeitos da pandemia na alimentação e na situação da segurança alimentar no Brasil”, coordenado pelo Grupo de Pesquisa Alimento para Justiça da Universidade Livre de Berlim, na Alemanha, em parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e com a Universidade de Brasília (UnB). Segundo a Fundação Getulio Vargas, mais 22 milhões de brasileiros entraram na pobreza após o fim do auxílio emergencial e com o aumento do desemprego. Para resolver o problema da fome agora e no futuro, é preciso retomar programas que tiveram êxito para retirar o Brasil do Mapa da Fome e em que havia a promoção da agricultura familiar que destinava sua produção para alimentos.

CRESCE A DÍVIDA DOS CLUBES DE FUTEBOL

É fato que todos os setores da sociedade foram prejudicados pela pandemia do novo coronavírus e no futebol não foi diferente. O ano de 2020 foi muito ruim para os clubes brasileiros na parte financeira, resultando em um aumento no endividamento na temporada passada. Para se ter uma ideia, os dois times de Minas Gerais, Atlético (R$ 1,2 bilhão) e Cruzeiro (R$ 965 milhões), juntos, atingiram mais de R$ 2 bilhões em dívidas no ano passado. Os dados são do site Sports Value, especializado em marketing e finanças. De acordo com o estudo, os times são muito dependentes de direitos de transmissão e boa parte dos débitos é de natureza tributária. Dívidas herdadas, frutos de decisões de gestões anteriores, pesam nos balanços atuais das equipes. Uma curiosidade é que entre os seis clubes com maiores débitos, três estarão disputando a série B em 2021. Esses problemas financeiros, com certeza, refletem muito quando as equipes estão em campo. É preciso mais responsabilidade e profissionalismo para se administrar um clube de futebol.

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