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Quem sabe, sabe

Na foto: Jornalista Sérgio Moreira, o presidente do Atlético Mineiro, Sérgio Coelho, e Murai Caetano do restaurante Xico da Kafua

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Cassino funcionava em plena pandemia. No momento mais grave da pandemia, com recorde de mortes e hospitais lotados, têm pessoas que estão vivendo como se não existisse uma crise na saúde pública. Prova disso é que a polícia surpreendeu cerca de 200 pessoas em um cassino que funcionava em São Paulo há um ano. Desde 1946, casas de jogos de azar são proibidas de operar no Brasil. O pior é que o local é reduto de artistas, políticos e outras personalidades. Entre os detidos, estava o jogador do Flamengo, Gabriel Barbosa, conhecido como Gabigol, que tentou se esconder debaixo de uma mesa e ainda reclamou que a polícia estava fazendo aglomeração. Além disso, deu uma justificativa ridícula ao dizer que pensou estar em um restaurante para jantar. Será que ao sair para jantar, só ele não sabia que os restaurantes estavam fechados? Mais estranho ainda é o tal restaurante ficar escondido num local em cima de um estacionamento, onde estava o cassino. Deu um mau exemplo para os seus fãs e responderá pelo ato irresponsável.

Internet fixa é o pior serviço no país. Uma pesquisa de satisfação e qualidade realizada pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), divulgada recentemente, revelou que a banda larga fixa foi o pior serviço na área de telecomunicações em 2020. Foram realizadas mais de 90 mil entrevistas em todos os estados e o Distrito Federal entre julho e novembro de 2020. Desde 2015, quando a pesquisa começou a ser feita no Brasil, a banda larga fixa vem registrando queda nas avaliações. Segundo os responsáveis pelo estudo, a pandemia e o aumento do uso da internet fixa influenciaram a avaliação dos usuários, já que as pessoas se tornaram mais exigentes, o que refletiu nas reclamações. A banda larga no país ainda é muito cara e não temos uma transparência na oferta do serviço, tais como a velocidade que o consumidor contrata e como deve ser orientado a usar uma conexão doméstica.

Fraudes nas compras eletrônicas. Devido ao isolamento social, as compras eletrônicas se tornaram o principal meio de aquisição de produtos e serviços entre os brasileiros. Com a piora dos números de contaminação e de mortos, esse hábito será mantido. Diante disso, o consumidor deve ficar de olho para não cair nas fraudes. Com a entrada de novos usuários durante a quarentena, os golpes têm se tornado cada vez mais sofisticados pelos criminosos. Cuidado com as ofertas tentadoras por meio do WhatsApp e e-mails. Além disso, os bandidos estão criando páginas de produtos idênticos a de um grande varejista. Sem perceber a diferença, a pessoa acredita que está fazendo uma compra em uma empresa confiável e, em seguida, recebe um boleto falso. É preciso ficar atento para não perder o dinheiro e o produto, o que causa sempre uma grande decepção.

BRASIL VIVE O MAIOR COLAPSOSANITÁRIODA HISTÓRIA

O quadro da pandemia no Brasil é tão grave que os pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) já estão tratando como o maior colapso sanitário e hospitalar da história. O número de mortes só aumenta, batendo recordes diariamente, e não há vagas na maioria dos hospitais de todo o país. Em Belo Horizonte não existe mais leitos para tratamento da COVID-19, inclusive nas clínicas particulares. Para piorar, temos um presidente que menosprezou a situação, não respeitou as orientações científicas e os protocolos de prevenção e, agora, joga a culpa da crise para os governadores e prefeitos. Para conter o avanço dos casos e mortes e diminuir as taxas de ocupação de leitos, é preciso reduzir a circulação de pessoas, além de reforçar o distanciamento social e o uso de máscara.

A ERA DO TÉCNICO BERNARDINHO ESTÁ NO FIM

O esportista Bernardo Rocha Rezende, o Bernardinho, é reconhecido como um dos melhores treinadores do voleibol brasileiro de todos os tempos. Dirigiu as seleções masculina e feminina, ganhando quase todas as competições nacionais e internacionais que disputou. No entanto, vem demonstrando algumas atitudes lamentáveis à beira da quadra durante as partidas do Sesc-Rio de Janeiro/ Flamengo, equipe feminina que dirige atualmente. Está sendo muito importuno com as atletas ao ficar dando broncas e gritando, o que, muitas vezes, acaba tirando a concentração no jogo. Ele também tem muitos desafetos, entre eles, os técnicos José Roberto Guimarães, da seleção feminina, e Paulo Coco, do Praia Clube, além de, às vezes, não cumprimentar a comissão técnica da equipe adversária, num gesto deselegante e de falta de educação. São sinais de que a era Bernardinho está no fim.

PÉSSIMO EXEMPLO

O Ministério Público de Minas Gerais abriu investigação sobre supostos casos de fura-fila na vacinação contra o novo coronavírus entre servidores e integrantes da Secretaria de Estado da Saúde. O ex-secretário da pasta, Carlos Eduardo Amaral, confirmou que foi imunizado e acabou sendo demitido pelo governador Romeu Zema (Novo). Ele justificou que queria dar exemplo, então por que não o fez publicamente, inclusive com a cobertura da imprensa? E o mais revoltante é que o então secretário, no dia 15 de fevereiro, publicou no Instagram uma foto sua dizendo que “furar fila, mais do que uma questão de regra, era uma questão moral e de caráter”. Cadê o seu? Ele e os servidores que foram vacinados ilegalmente têm que ser processados, no mínimo, por crime contra a saúde pública e por não respeitarem os grupos prioritários.

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