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Como economizar no plano de saúde sem comprometer sua rede de atendimento

Mudar de plano de saúde, muitas vezes, traz insegurança e medo às pessoas. Mas manter o mesmo plano e operadora nem sempre é a melhor jogada. Nesse caso, o cliente não percebe e fica por anos renovando e perdendo muito dinheiro. Somente no início desse ano, as reclamações contra planos de saúde aumentaram 10.000%, segundo o Sistema Nacional de Defesa do Consumidor (Procon) em São Paulo. Inclusive, o órgão enviou petição à Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) manifestando sua preocupação com os reajustes praticados pelas operadoras de saúde e pedindo que o órgão regulador determine a imediata redução dos reajustes anuais aplicados a partir de janeiro aos planos coletivos para 8,14% (índice dos planos individuais).

O que muitos não sabem é que é possível mudar de plano e manter a mesma rede, por um preço bem mais acessível. No entanto, a decisão por um plano de saúde é um jogo tão complexo quanto um jogo de xadrez. Afinal, existem várias operadoras e cada uma delas tem vários planos diferentes e com suas regras específicas.

Hoje há diversas opções não só para planos individuais, mas por adesão, empresarial sem coparticipação e empresarial com coparticipação. Dessa forma, a ajuda do corretor de plano de saúde é fundamental para auxiliar nessa questão.

Na opção para pessoa física, em que o CPF do beneficiário contrata o plano diretamente da operadora, a abrangência é regional e o reajuste acontece anualmente sempre no aniversário do plano e ainda regulado e autorizado pela ANS.

Uma preocupação comum ao mudar de plano é com a questão das carências, mas é preciso analisar caso a caso. Por exemplo, uma pessoa com 60 anos que quer mudar para um plano com os mesmos benefícios do anterior, mas com um valor bem mais barato, pode encontrar carência apenas para parto, o que não vai usar mais. No entanto, essa mesma pessoa pode fazer uma tomografia imediatamente. Dessa forma, é preciso analisar o seu perfil para decidir a melhor opção.

Outra alternativa é o plano coletivo por adesão que tem como administradora uma empresa especializada gerenciando as entidades de classes e atuando somente na área administrativa do plano. A abrangência é nacional, encarecendo mais o plano, inclusive por ter uma intermediadora e com aumentos anuais não regulados pela ANS.

Já para planos que englobam mais de duas vidas é possível optar pelo plano empresarial, barateando entre 20% a 30% por não ter uma intermediária e o reajuste ocorre somente após um ano de contrato. No entanto, existe a fidelidade de um ano por ser um plano empresarial. Se sair antes desse prazo é preciso um aviso prévio de dois meses e será cobrada uma multa.

Uma família, por exemplo, que tem plano por adesão pode economizar muito – entre R$ 3 mil a R$ 5 mil mensalmente – apenas com a troca de operadora, mas infelizmente as pessoas são avessas a mudanças, mesmo que existam opções com a mesma rede e as mesmas regalias a um valor bem menor.

Uma ótima opção são os planos com coparticipação tanto para modalidade individual, como empresarial. As pessoas têm muita resistência a essa alternativa com medo de pagar muito pelo uso do plano. Mas há quatro anos, uma normativa da ANS determina a cobrança de 30% de coparticipação daquilo que a operadora ou seguradora paga pelo serviço. Dessa forma, se o seu plano tem um teto de R$ 100 para uma consulta médica, você vai pagar R$ 33. Assim, num plano em que você pagaria R$ 1 mil por mês, vai pagar R$ 700 com a coparticipação, ou seja, R$ 3.600 a menos anualmente. Lembrando que somando consultas, checkups, exames (incluindo ressonância com valor médio de R$120), pronto socorro, entre outros, você não vai chegara coparticipar sequer em 20% desse valor.

Em caso de internação, segundo a ANS, seja de um dia ou 60 dias, independente da enfermidade, o usuário paga uma única taxa (chamada taxa de internação que varia entre R$ 200 e R$ 500). Portanto, você gasta apenas um ou dois meses a mais caso ocorra algum imprevisto.

Outra vantagem é que no plano com coparticipação a operadora não tem interesse em aumentar a porcentagem paga pelo usuário, uma vez que isso também acarretaria no aumento do valor pago por ela ao profissional que lhe presta o serviço.

Além de inúmeras opções oferecidas no mercado, também há a facilidade de troca de plano por meio da portabilidade. Portanto, pesquise e procure um profissional para identificar qual é o plano mais adequado para você. Cada situação, cada família tem uma particularidade que precisa ser considerada.

Por outro lado, as operadoras possuem diversas soluções e configurações de planos. A originalidade é importante para promover esse encontro entre o que a pessoa ou a família ou a empresa precisam com o que as operadoras têm a oferecer.

Afinal, para você usuário pode haver uma nova jogada que ainda não conhece e que pode ajudar a melhorar o seu atendimento, diminuir custos ou, no melhor dos casos, os dois: um plano que ofereça um melhor atendimento com menor custo.

*Ricardo Oliveira
Sócio-fundador da Lion Saúde e especializado em direito securitário para planos de saúde

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