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Ex-governadores são considerados conselheiros políticos mineiros

Atualmente, está na moda a eleição de não políticos para exercerem mandados importantes. Em Minas, os exemplos são o governador Romeu Zema (Novo), um dos grandes empresários do estado, que se candidatou pela primeira vez ao posto e, para surpresa de todos, conseguiu uma vitória esmagadora. Em Belo Horizonte, o prefeito Alexandre Kalil (PSD), que nunca havia se candidatado a qualquer posto público, é outro exemplo desse movimento. E parece que ele tomou gosto pela política e, mesmo sendo um empresário da construção pesada, foi reeleito com enorme votação, ainda no primeiro turno, no pleito de Belo Horizonte.

Contudo, os nomes experientes da política mineira não estão literalmente afastados da cena. Pelo contrário, a eles é creditado o escopo de manutenção do cenário político no estado. O ex-governador Alberto Pinto Coelho (PP) se transformou em uma espécie de consultor permanente de deputados, prefeitos e ex-prefeitos. Em seu escritório, na zona Sul, aparecem pessoas de todos os tipos buscando auxílio no melindroso jogo político, são lideranças de diferentes regiões de Minas Gerais.

O ex-governador é uma das autoridades políticas, afinal, foi deputado por várias legislaturas, líder do governo e presidente da Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais. Além disso, elegeu-se vice-governador, tendo assumido o posto de governador por quase 2 anos, quando Antonio Anastasia (PSD) foi afastado para disputar o Senado.

A lista cresce
Pelo que se sabe, são muitas as lideranças interessadas em ouvir a voz da experiência. Por exemplo, o ex-governador Eduardo Azeredo sempre recebe ligações e contatos de amigos neste sentido. Apenas para relembrar, ele tem passagem pelo Palácio da Liberdade como governador, porém, acrescenta-se à sua ficha, o cargo de prefeito de Belo Horizonte, de senador por 8 anos e deputado federal.

Outro ex-governador, o atual senador Anastasia, está no auge. Ele é lembrado até mesmo para se tornar ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) ou ainda conquistar cargos em outras cortes superiores, segundo se comenta nos bastidores do Congresso Nacional. Depois de sua derrota para o governo de Minas, o senador anda meio reticente em falar de seu futuro como político. Ao abandonar o PSDB e filiar-se ao PSD, partido de Kalil, Anastasia pode ter sinalizando definitivamente o afastamento de seu ex-padrinho político, de quem foi vice-governador, Aécio Neves. E, inclusive, pode até ser candidato à reeleição para o Senado por meio do grupo de Kalil.

Se o Partido dos Trabalhadores (PT), a nível nacional, perdeu prestígio aqui, em Minas, elegeu 80 prefeitos com destaque para dois grandes municípios: Contagem, com a eleição de Marília Campos, e Juiz de Fora, com a vitória de Margarida Salomão. A partir desta realidade, o PT almeja ganhar mais fôlego visando conquistar um espaço expressivo no pleito de 2022, especialmente, buscando reforçar a bancada de parlamentares nos dois níveis: estadual e federal.

“O PT mineiro pretende se reestruturar”, é o que garantem fontes ligadas à direção da sigla. Quem circula nos meandros do cotidiano político de Minas tomou conhecimento de um fato: a atuação do ex-governador Fernando Pimentel. Ele, segundo pessoas próximas, ajudou a influenciar no pleito de muitos municípios em diferentes regiões do estado.

E quando já se fala na disputa majoritária de 2022, seu nome frequenta a lista de personalidades que devem ser consultadas, especialmente na formação de uma espécie de quebra-cabeça visando a pré- elaboração de alianças em relação ao pleito para governador. Vale dizer que Pimentel está ressurgindo no cerne da política estadual.