Home > Colunas > Quem sabe, sabe

Quem sabe, sabe

Na foto: Embarcando no avião da Presidência (Força Aérea 01) com Bolsonaro, com destino a Alagoas / Cidade de Piranhas, levando água potável para 10 mil pessoas, o ex-comandante da PMMG, Giovanne Gomes da Silva

MOVIMENTO DOS RESTAURANTES NA PANDEMIA

Devido ao coronavírus, os restaurantes foram fechados no início de março, o que gerou um prejuízo muito grande para os proprietários e trabalhadores. Há cerca de 2 meses, a prefeitura autorizou a reabertura dos estabelecimentos e muitos fecharam as portas em definitivo. Os que voltaram às atividades ainda tem um movimento tímido, o que já era esperado, afinal, muitos dos que frequentavam esses locais ainda estão trabalhando em regime de home office e fazem as refeições em casa. Os donos dos estabelecimentos estão respeitando os protocolos de segurança e seguem otimistas de que, aos poucos, os clientes voltarão. Não é à toa que Belo Horizonte é conhecida como a capital dos bares e restaurantes.

TURISMO DÁ SINAIS DE RECUPERAÇÃO

O turismo, um dos segmentos mais impactados pela pandemia, aos poucos está dando sinais de recuperação. No mês de setembro, o faturamento cresceu 28%, em comparação com agosto, e atingiu R$ 12,8 bilhões – o melhor mês desde o início do surto de COVID-19, em março. A informação é da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). O setor de alimentação (restaurantes e similares), hospedagem (hotéis e similares) e transporte de passageiros registraram o maior volume de vendas. A previsão é de que o ramo deverá continuar crescendo, mas é preciso paciência porque com a alta dos alimentos e do dólar, além da pouca circulação do dinheiro em função do desemprego, levará um tempo para alcançarmos essa tão esperada recuperação.

FIM DO MANDATO VITALÍCIO DE MINISTROS DO STF

O debate sobre a forma de escolha e a vitaliciedade dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) sempre é discutido no cenário político brasileiro. Está em tramitação no Senado uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) com o objetivo de acabar com o mandato vitalício desses ministros. Segundo a PEC, eles continuariam a ser indicados pelo presidente da República, porém, a partir de uma lista de três nomes escolhidos pelo presidente do próprio STF, pela Procuradoria-Geral da República e pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil. O presidente da República terá um mês para escolher um dos três nomes e informá-lo ao presidente do Senado. O escolhido terá um mandato de, no máximo, 10 anos, sendo vedada a recondução. A medida é excelente porque acaba com essa vergonha do chefe da nação nomear conforme os seus interesses particulares.

CANAL ABERTO

Candidatos ricos receberam auxílio emergencial. O Tribunal de Contas da União (TCU) encontrou mais irregularidades no recebimento do auxílio emergencial. Dessa vez, descobriu-se que mais de 10 mil candidatos nas eleições deste ano que declararam patrimônio acima de R$ 300 mil receberam a ajuda. E isso acontece num país envolvido com inúmeros casos de corrupção e grande parte da população passando por sérias dificuldades financeiras. O que causa mais revolta é imaginar que uma pessoa com um patrimônio desses possa vir a ser eleito e gerir a coisa pública. Esses candidatos deveriam ser impugnados e processados criminalmente. Os nomes desses desonestos deveriam ser divulgados pelos órgãos públicos e imprensa para que a população tome conhecimento e escolha melhor.

Brasil está carente de bibliotecas. As bibliotecas são importantes aliadas para o conhecimento, principalmente, no processo de aprendizagem escolar. Desde 2010, a Lei nº 12.244 determina a obrigatoriedade de bibliotecas em todas as instituições de ensino até 2020, mas isso está longe de acontecer. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) aponta que grande parte da população brasileira não conta com um local apropriado para estimular a leitura. Para se ter uma ideia, o Brasil tem apenas uma biblioteca pública para cada 30 mil habitantes, do total de 7.166 cadastradas pelo Sistema Nacional de Bibliotecas do Ministério da Cultura. As instituições de ensino infantil são as mais prejudicadas, sendo que apenas 10% delas possuem bibliotecas. Isso é um descaso com a educação, já que é na faixa etária dos 5 anos que a criança está descobrindo a língua escrita e precisa ser estimulada a ler.

Gastos com saúde vêm do bolso do cidadão. Mais de um quarto (27%) de todo o gasto com a saúde no Brasil continua vindo dos bolsos dos cidadãos, obrigados a pagar diretamente para garantir tratamento, atendimento ou cirurgias. A informação faz parte de um banco de dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). Na prática, o brasileiro arca com impostos, paga plano e ainda precisa destinar recursos próprios em caso de necessidade. Num país com uma das cargas tributárias mais altas do mundo, a educação e a saúde deveriam ser prioridades do Estado e de excelente qualidade para todos, independentemente da classe social. Não é justo uma pessoa amortizar valores altíssimos por um plano privado para ter o que é garantido pela nossa Constituição Federal como direito do cidadão e dever do Estado. A população em geral merece mais atenção por parte de quem governa este país.

[box title=”O conteúdo desta coluna é de responsabilidade exclusiva do seu autor” bg_color=”#f6f6f6″ align=”center”][/box]