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Os 13 milhões de desempregados

Já está sendo praticada em algumas empresas a contratação de mão de obra temporária, aquela onde os empregadores admitem funcionários para atuarem por um tempo determinado, sobretudo nos meses de outubro, novembro e dezembro. De acordo com Associação Brasileira de Trabalho Temporário (Asserttem), a previsão é da criação de 400 mil vagas neste período. Pelos dados da entidade, o parque industrial deve ficar responsável pelo aproveitamento de 60% do total a ser inserido no mercado formal. Uma média de 20% dos trabalhadores poderá ser efetivada, algo em torno de 80 mil pessoas.

Essa informação serve como atenuador de nossa situação momentânea, no qual segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) existem mais de 13 milhões de desempregados no Brasil, cujo o cenário ficou ainda mais crítico neste período de pandemia do novo coronavírus. Para além desses dados, analistas econômicos apontam que o pico do desemprego no país ocorrerá entre abril e maio do ano vindouro. Eles fazem essas avaliações sem qualquer comprovação, mas tão somente encima de números atuais, onde a oscilação do crescimento econômico é uma realidade insofismável.

Assim, a expectativa de todos os brasileiros habita na perspectiva da implementação de uma política próprio do Executivo federal. Somente ele tem estrutura e caneta em mãos para buscar um rumo positivo para o caos em que estamos submetidos. Bem sabem todos: o desempregado se sente socialmente distante de todos e com sua família desamparada, sendo que essa dura realidade, em alguns casos, está atrelada ao sentimento de luta e de vencedor.

Somente a contratação de mão de obra ocasionada pelo emprego temporário não é a solução. Busca-se, neste ínterim, o equilíbrio, uma simbiose mediante a participação do governo com a iniciativa privada no caminho do crescimento, incentivando o progresso das indústrias, as empresas e os empreendedores, pois é daí que vai surgir a possibilidade de muitas carteiras assinadas no mercado formal de emprego. É bem verdade que estamos e ainda deveremos vivenciar alguns meses sob o efeito das mazelas da COVID-19, mas a nação brasileira não pode parar.

São mais de 200 milhões de habitantes dessa Terra de Pedro Álvares Cabral à espera de um horizonte mais límpido. Todos desejam voltar a sonhar com dias melhores e com o ganho de uma remuneração digna. Afinal, ninguém até hoje conseguiu dizer o contrário: bons salários, disseminados perante milhares de pessoas, funcionam concomitantemente como uma espécie de distribuição de renda. Aliás, tão necessária, ante o fato concreto de que os ricos brasileiros são uma minoria, do ponto de vista numérico, mas enorme maioria em suas contas bancárias.

Esse é o nosso Brasil do momento, empalidecida de problemas de toda ordem. Outrossim, quem sabe se todos acreditarem poderemos caminhar para um 2021 com boas perspectivas? O sonho é o primeiro passo para a elaboração de pensamento positivo rumo ao sucesso, tão almejado por todos os seres viventes de nossa Pátria Amada. Isto é a nível Brasil.