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COVID: Metade do eleitorado acha arriscado ir votar presencialmente

Uma pesquisa realizada pelo PoderData apontou os impactos da pandemia nas eleições deste ano. Segundo a análise, mesmo com o adiantamento do 1° turno para o dia 15 de novembro, cerca de 49% dos brasileiros acham arriscado ir votar presencialmente por causa da COVID-19. Outros 43% dizem haver segurança para a realização do pleito, enquanto os que não souberam responder somam 8%.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) tomou uma série de ações a fim de amenizar os riscos de contágio durante o pleito. O horário de votação foi ampliado para reduzir a chance de aglomeração. As sessões ficarão abertas de 7h às 17h. As três primeiras horas serão preferenciais para pessoas com mais de 60 anos, que fazem parte do grupo de risco.

O uso de máscara e álcool em gel será intensificado e obrigatório para a segurança dos mesários e eleitores. Quem não estiver usando a proteção, não poderá entrar no colégio eleitoral. O infectologista Adelino Freire Júnior afirma que essas são medidas básicas e de extrema importância para evitar o contágio. “Há um negacionismo em cima das ações de segurança, mas isso não faz nenhum sentido”.

Além do uso de máscara e álcool em gel, o especialista reforça a importância da organização para que haja distanciamento social e contenção da aglomeração. “É preciso limitar o número de pessoas em ambientes fechados e prover ventilação natural no espaço”.

Ele explica que essas medidas reduzem a carga viral no ambiente, diminuindo a possibilidade de transmissão do vírus. “Quando higienizamos as mãos, matamos o germe e isso é importante porque nós mesmos podemos nos contaminar”.

Votação

A hora de apresentar o documento de identificação também será diferente e o mesário não irá manusear o comprovante do cidadão. Após assinar a lista de presença, o eleitor irá limpar as mãos com álcool em gel, se dirigir a urna e depositar seu voto. O dispositivo não será higienizado para não correr o risco de danificação, por isso, após votar, é necessário desinfetar as mãos novamente. A dica é que cada um leve sua caneta.

Freire explica que qualquer troca de material como caneta ou até mesmo os panfletos que são comuns em boca de urna podem trazer riscos de contaminação. “O ideal é que os eleitores não compartilhem nada. Materiais como folhas de papel, equipamentos e etc podem aumentar o risco de transmissão entre uma pessoa a outra. Se houver esse contato, não se deve levar a mão a boca, nariz e olhos”.

O TSE ainda orienta que os eleitores e mesários que estiverem com febre ou que tenham testado positivo para a COVID-19 não compareçam ao pleito. Para o infectologista, essa é uma orientação de extrema importância. “Se a pessoa estiver com sintomas gripais ou compatíveis ao coronavírus, o ideal é que fique em casa, pois pode espalhar o germe. Com essas medidas, é possível criar um ambiente seguro para que todos exerçam sua função de cidadão”, conclui.