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É possível morrer de calor? Entenda o que é hipertermia

A intensa onda de calor que acometeu o país nos últimos dias fez o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitir um alerta vermelho para diversos estados do Brasil, dentre eles, Minas Gerais. O Inmet pediu atenção especial da população sobre o risco de morte por hipertermia, quando a temperatura corporal sobe além dos 40ºC.

O clínico geral e cardiologista Diogo Umman afirma que o problema é provocado por causas externas como uma longa exposição ao calor intenso, esforço físico, além da insolação ou altas temperaturas.

O fisiologista Thiago Cesar diz que algumas pessoas têm maior risco como crianças, idosos e pacientes hipertensos, cardiopatas, com distúrbios endócrinos e com alterações. “Isso porque a perda da capacidade de reduzir o calor corporal pode ocorrer mais rapidamente, acelerando o processo de hipertermia”.

O quadro pode ocasionar sintomas em diversos níveis e em sua forma mais branda, é possível sentir náuseas, tonturas, dores de cabeça, pele ruborizada ou avermelhada, exaustão física, câimbras musculares, respiração acelerada e suor excessivo. “Em casos mais graves, como os distúrbios endócrinos ou do hipotálamo (nosso centro termorregulador), os pacientes podem apresentar desmaios, urina escura ou amarelada, falência de órgãos, desidratação severa e, em situações mais extremas, pode levar à morte”.

Se o indivíduo começa a sentir alguns desses indícios, a primeira ação a ser tomada, de acordo com Cesar, é interromper a exposição a qualquer fator desencadeante e, em casos mais graves, procurar atendimento médico. “A pessoa pode buscar um ambiente menos quente, ventilado e à sombra. É muito importante a hidratação com água, água de coco ou bebidas isotônicas, uso de roupas leves e compressas para diminuir o calor corporal”.

Em situações como desmaios ou convulsões, além de realizar o resfriamento do corpo com compressas frias ou gelo em locais como o peito, pescoço e membros e a hidratação, é recomendado buscar por auxílio médico imediato. “Nos hospitais, o tratamento de hipertermia envolve a administração de eletrólitos e fluidos frios intravenosos, além do monitoramento cardiorrespiratório”.

O fisiologista esclarece que a principal forma de evitar a hipertermia é manter-se hidratado. “Usar roupas leves e claras, manter-se em ambientes ventilados. No caso de portadores de síndromes metabólicas, seguir o tratamento e acompanhamento médico é imprescindível”.

Já Umman finaliza dizendo que é fundamental evitar horários de grande incidência do sol. “É preciso ainda se resguardar quanto à ingestão de bebidas quentes e alcóolicas. Se a pessoa for fazer atividade física, o melhor horário é na parte da manhã ou no final da tarde para a noite”.