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Quem sabe, sabe

REABERTURA DE BARES EM BH SEGUE SEM PREVISÃO

O presidente do Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Belo Horizonte e Região Metropolitana (Sindhorb-BH), Paulo Cesar Pedrosa, se reuniu nesta semana com o prefeito de BH, Alexandre Kalil (PSD), para mais uma conversa sobre a reabertura dos bares, restaurantes, pizzarias e outros estabelecimentos. O chefe do Executivo não deu uma previsão, mas está acompanhando diariamente os números da COVID-19 na capital e, se continuarem diminuindo nas próximas semanas, poderá dar uma boa notícia para o segmento. Também participou do encontro o presidente do Sindicato de Lojistas de Belo Horizonte (Sindilojas-BH), Nadim Donato.

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Isenção da cobrança do Ecad. A Câmara dos Deputados aprovou em sessão virtual o requerimento de urgência do Projeto de Lei 3968/1997 que trata da isenção de cobranças do Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (Ecad) em quartos de hotéis. A votação on-line foi conduzida pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), e contou com a presença de 372 deputados. Do total, 350 parlamentares se mostraram a favor, 19 foram contra e três anunciaram abstenção. Essa é uma antiga reclamação da hotelaria que considera essa cobrança ilegal, ou seja, é uma bitributação porque o quarto é uma privacidade do hóspede e os canais a cabo já pagam essa alíquota. No entanto, a hotelaria concorda com a taxa de direitos autorais de músicas tocadas e exibidas somente nas áreas comuns, tais como lobby, piscinas e restaurantes. Em 2019, a arrecadação de direitos autorais chegou a R$ 1,1 bilhão. Deste montante, os hotéis contribuíram com cerca de R$ 23 milhões.

Perda do turismo chega a mais de R$ 150 bilhões. Segundo um estudo da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o turismo acumulou uma perda de 153,8 bilhões de março a julho de 2020. Os prejuízos mensais foram grandes desde o início da pandemia. Ainda sob indefinições, a hotelaria mineira, por exemplo, contabiliza cerca de 30 mil demissões no setor e muitos hotéis não retomarão suas atividades. Algumas localidades que reabriram para o turismo retrocederam devido ao aumento do número de casos de COVID-19, incluindo Belo Horizonte. Atualmente, Minas Gerais é um dos estados que se encontra em situação preocupante em relação ao controle do vírus. As pequenas empresas de turismo, quase na sua totalidade, tiveram uma queda acentuada em suas receitas. Muitos empresários dizem que será necessário cerca de um ano para retomarem o desempenho positivo do segmento.

MONTADORAS COM DEMISSÕES E PREÇOS MAIS ALTOS

Como não poderia deixar de acontecer, a COVID-19 também atingiu em cheio as montadoras de carro. Apesar dos números animarem um pouco, os investimentos foram adiados e os cortes na produção podem representar uma diminuição definitiva do setor. Para se ter uma ideia, em abril de 2020 foram produzidos apenas 1.847 veículos, contra 267.561 no mesmo período de 2019, o menor volume da história. As fábricas permaneceram com as portas fechadas em função do avanço do coronavírus no país. Depois de 5 meses do início da crise, alguns executivos estão otimistas, mas o número crescente de demissões e o adiamento de metas importantes podem prejudicar as montadoras. Com uma recuperação ainda lenta da economia e com o desemprego aumentando, é muito difícil imaginar que alguém investiria dinheiro para comprar um carro zero atualmente.

VOLTA ÀS AULAS PODE AGRAVAR CRISE SANITÁRIA

Segundo uma pesquisa do Instituto Datafolha, para 79% dos brasileiros a volta às aulas no Brasil vai piorar a pandemia do coronavírus. O levantamento aponta que a preferência pela retomada das atividades escolares não é maioria em nenhum dos segmentos pesquisados. A defesa pela manutenção dos colégios fechados é majoritária em todas as faixas etárias e de renda e em todos os estratos analisados, incluindo aqueles que consideram o governo Bolsonaro ótimo ou bom e entre os que estão saindo de casa. Para os especialistas em educação e saúde, a proporção de pessoas que defende a não retomada do ensino presencial mostra que há pouca confiança no controle da pandemia e na capacidade de organização dos protocolos de higiene para um retorno seguro dos estudantes. É unanimidade que a possibilidade da volta às aulas divide estados e municípios, e preocupam muito os pais.

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