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Digitalização nas eleições não dispensa bom marketing político

À espera do período próprio para as convenções partidárias, que serão realizadas entre agosto e setembro, os grandes e pequenos partidos de Minas, sobretudo, em Belo Horizonte, se agitam para colocar em campo um número expressivo de candidatos. Na capital, já estão formadas alianças com grupos políticos para um maciço apoio ao projeto de reeleição do atual prefeito Alexandre Kalil (PSD). Por seu turno, o seu principal concorrente, o deputado João Vitor Xavier (Cidadania), está com tudo acertado em seu partido. Dizem por lá que serão 5 legendas unidas em torno da candidatura.

Mas, como tem se registrado em todo o Brasil, o pleito será diferente em tudo este ano. Primeiro pela digitalização, que também chegou às bases das campanhas eleitorais. Depois, pelo fato da COVID-19 ter forçado os velhos nomes da política nacional a se reinventarem, caso queiram continuar na vida pública. Sendo assim, resta apenas lembranças e experiências passadas para concorrer na peleja de 2020.

O professor universitário e cientista político, Malco Camargo, tem a seguinte opinião sobre o assunto. “O marketing eleitoral tradicional, com grandes produções de TV, mobilização em massa para distribuição de material impresso e estrutura pesada e cara já vinha perdendo força pleito após pleito e, com o advento da pandemia, recebe uma sentença de morte. A campanha deste ano será digitalizada, ágil, leve, com métricas e também mais barata que todas as anteriores. Mais que isso, a realidade experimentada compulsoriamente será a tônica das próximas eleições”.

Marqueteiros experientes

Apesar da inovação e da tecnologia, alguns itens continuaram fazendo parte do cenário. É o caso das pesquisas eleitorais que podem influenciar sobremaneira o resultado das campanhas, especialmente nas grandes cidades, como BH. Para além desta realidade, os marqueteiros estão mais atuantes do que nunca.

Aliás, Minas é celeiro de profissionais de marketing político. Quem é da geração dos anos 1990 se lembra de Almir Sales (Agência Casablanca), tido como um dos mais expressivos atuantes no ramo de assessorar candidatos de proeminente influência nas disputas, locais, estaduais e nacionais. Outro publicitário de renome com uma boa lista de vitórias em seu currículo é Hyé Ribeiro. Ao longo dos anos, ele sempre participa de diferentes campanhas eleitorais, inclusive, este ano já está diretamente ligado ao movimento visando o pleito de 2020.

Não é novidade no segmento da comunicação que Cacá Moreno (Agência Perfil) tem fortes ligações com o atual prefeito Alexandre Kalil (PSD). O marqueteiro já está no mercado há 3 décadas e coleciona inúmeras vitórias. Em Minas, nos últimos anos, não se pode falar em marketing político sem mencionar também o nome de Paulo Vasconcelos, um mineiro de referência nacional.

Complementando esta lista, o destacado publicitário Roberto Hilton, por sinal, muito ligado ao senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG). Existem ainda o marqueteiro Marcos Coimbra e o jornalista Eduardo Guedes, atualmente prestando serviço ao governo do Mato Grosso do Sul. Por último, Regis Souto, ex-secretário de Comunicação do então prefeito Marcio Lacerda.