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Gestão de clubes: todo cuidado é pouco, principalmente no verão!

O verão chegou e gerir um “clube de lazer” nesta época é complicado! O presidente e diretores não sabem se divertem ou administram! Querendo ou não, os problemas se afloram! Por outro lado, os dirigentes resistem à uma visão mais profissional da gestão! A pouco tempo, um idoso foi esquecido por aproximadamente 20h na sauna de um clube na Pampulha. Familiares o procuraram no bairro, outros locais etc. Foram cientificados pelos funcionários do clube que, a sauna já tinha sido fechada e higienizada!

Na segunda-feira, os mesmos familiares voltaram e foram informados que o clube é minuciosamente vistoriado em seu fechamento. No mesmo dia, pedreiros ao entrar na sauna às 11h30 se surpreenderam ao encontrar o tal senhor desmaiado com desidratação e queimaduras. O Samu e os familiares foram acionados! As devidas providências foram tomadas, inclusive com registro de Boletim de Ocorrência Policial contra o local.

Em janeiro de 2018, num conhecido clube, um homem atirou na esposa na frente dos filhos e associados. Um pai brincando com a filha, de 4 anos, em um outro clube pendurou-se em uma das traves do campo de futebol que, “mal instalada”, partiu-se e bateu em sua cabeça, ocasionando óbito imediato.

Ainda num clube na Pampulha, uma menina de 9 anos morreu afogada. O mesmo clube, além de lotado, estava com funcionários de plantão, “salva-vidas”, enfermeiros etc!

A Sociedade Brasileira de Salvamentos Aquáticos (Sobrasa) indica que os afogamentos em piscinas são os responsáveis por 54% dos casos de crianças entre 1 a 9 anos no país. Esses óbitos concentram-se em 44%, nos 5 meses do verão, de novembro a março, sendo que, os sábados e domingos são os dias mais perigosos! No verão, a atenção deve ser redobrada! É necessário que os presidentes se reúnam com os diretores, gerentes e estabeleça severas diretrizes para uma vigilância mais eficiente.

A ordem é tolerância zero para afogamento com óbito! Em compensação, as leis são leoninas, uma vez que, se houver óbito por afogamento em um clube, o mesmo é imediatamente interditado. Qual presidente de clube poderia imaginar que: 1) um associado passaria 20h esquecido na sauna; 2) um associado atiraria em sua esposa; 3) aconteceria um óbito por afogamento? Por essas e outras questões, entende-se que presidente deve ser mais severo em sua competência, principal mente nesta época do ano!

Lembre-se: afogamento com óbito é um acidente silencioso, cercado de mistérios! Uma eficiente prevenção minimizará o problema! Prevenir é salvar! Prevenir é não deixar morrer! Prevenir é planejar! Planejar é gestão!

*Administrador e especialista em gestão e planejamento