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PT e Avante podem crescer por meio de aliança informal

Toda uma engenharia está sendo entabulada nos bastidores da política mineira por conta das próximas eleições para a escolha de prefeitos e vereadores.

O presidente do Avante, deputado federal Luiz Tibé, é apontado como o nome que teria mais fôlego para circular nas diversas regiões do estado. Segundo informações, seu partido está em parceria com grupos políticos diferentes, tendo como objetivo formar um elenco para disputar as eleições de outubro.

Aliás, em uma dessas alianças, comandada por Tibé, estariam pessoas influentes do governo passado, incluído, o petista e ex-secretário estadual do ex-governador Pimentel, Miguel Corrêa. A tese seria o seguinte: onde o PT não tiver candidato competitivo, o Avante estaria na linha de frente.
Um dos nomes em plena atividade na região do Médio Piracicaba é o do empresário Fernando Rolla, que deverá ser candidato a prefeito em São Domingos do Prata.

Senador nega mudança
Líder do Democratas no Senado, completando 5 anos de mandato, Rodrigo Pacheco, atualmente presidente de seu partido em Minas Gerais, de acordo com sua assessoria, não teria a menor intenção de mudar de legenda. Pacheco recebeu, durante o ano passado, centenas de prefeitos e outras lideranças do interior do estado. E, neste início de 2020, já pretende reiniciar essa articulação com o intuito de conquistar um contingente razoável de pré-candidatos a prefeitos e vereadores.

A assessoria de Pacheco não nega a existência de um bom relacionamento entre o Democratas e o Avante em Minas. Mas é só isso. “Pode até ser que uma aliança aconteça no pleito de 2022, mas, por enquanto, o interesse de ambos é o mesmo: o pleito municipal. E, como se sabe, o senador não irá disputar cargo algum este ano”, garantiu uma fonte que preferiu manter o sigilo de seu nome.

Essas coligações, mesmo que informalmente, podem desidratar as grandes legendas em todo estado. A princípio, quem tem chance de sair perdendo seria o MDB. A sigla detém uma média de 160 prefeitos, além de centenas de vereadores, porém, pelo interior, não se vê muita animação de novas lideranças em relação aos emedebistas. “Falta um nome forte para animar os soldados”, comenta um membro histórico da sigla.

De acordo com dados do Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TER-MG), o segundo partido com maior número de prefeitos e vereadores, na eleição de 4 anos atrás, foi o PSDB. Nos bastidores, não se cogita uma movimentação mais intensa dos tucanos para outubro. Aliás, a dificuldade de angariar nomes influentes começa por Belo Horizonte.

Abaixo dessas siglas aparecem o Democratas e o PT. Fora o posicionamento do presidente do DEM, resta saber como agirão os petistas para tentar se manter na posição que ocupava há 4 anos em quantidade de prefeituras e câmaras municipais.

Em busca de uma fatia deste bolo, estão partidos bem estruturados, como PSD, cujo líder é o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil. Mas também não se pode desprezar o prestígio de partidos tradicionais como é o caso do PTB. “Nosso partido é respeitado em nosso estado e nacionalmente. Trabalharemos para o seu engrandecimento nestas eleições”, garante o deputado estadual Arlen Santiago.

Nesta lista cabe ainda o Cidadania, com forte presença, por exemplo, no Vale do Aço. De resto, é esperar pelo comportamento das siglas nanicas que podem surpreender por conta de lideranças sazonais, como é o caso do Partido Republicano Brasileiro (PRB).