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Kalil cria grupo de aliados para garantir projeto político

Se alguma pessoa nutrir a intenção de se aproximar do prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), para falar de política, pode ter certeza que ela não terá a mínima possibilidade de prosperar. Integrantes de seu círculo dizem que o dirigente está focado em trazer conquistas para a cidade, como investimentos e recursos para realização de obras. Ou seja, bem ao conhecido estilo do ex-prefeito e ex-governador Hélio Garcia: o administrador público não precisa ficar falando, tem que atender o interesse da população. E é por essa característica que Kalil é considerado um dos prefeitos mais populares entre as capitais brasileiras.

Sobre a sucessão do próximo ano, enquanto os possíveis opositores se organizam, o chefe do Executivo da capital tem criado um caminho próprio na vida pública. Segundo informações de bastidores, o contato de Kalil com o atual governador, Romeu Zema (Novo), se restringe apenas ao campo institucional. No entanto, ele continua com diálogos intensos com o presidente da Assembleia, deputado Agostinho Patrus (PV), e se aproximou de meia dúzia de partidos grandes e médios, inclusive o MDB, uma das siglas mais tradicionais de Minas Gerais.

Além disso, o prefeito tem recebido apoio incondicional do presidente nacional de seu partido, o ex-ministro Gilberto Kassab. Ele também tem ao seu lado dois senadores mineiros: o tucano Antonio Anastasia e Carlos Viana (PSD). E os tentáculos políticos do chefe do Executivo de BH podem ser vistos da mesma maneira na base municipalista, afinal ele se encontra, com frequência, com as lideranças regionais e, de quebra, conserva uma base na Câmara Municipal.

Eleição para a PBH

Sobre o pleito do ano que vem, para a disputa da Prefeitura de Belo Horizonte, a novidade da semana é o surgimento, mesmo que de maneira discreta, do nome do ex-prefeito, ex-ministro e atual deputado federal, Patrus Ananias (PT). Ele seria o único nome capaz de unir o PT de BH, embora o próprio Patrus tenha certa resistência em participar da eleição.

Em Brasília, os comentários indicam que o atual senador do Democratas, Rodrigo Pacheco, adversário de Kalil no pleito passado, não estaria interessado em ser candidato novamente. Mas, Pacheco e seus amigos não almejam ficar parados: eles estão engajados no projeto do pré-candidato ao cargo, o deputado estadual João Vítor Xavier (Cidadania).

Já no mês passado, circulavam informações sobre o deputado Mauro Tramonte (Republicanos). Eleito com mais de 500 mil votos, sendo mais de 200 mil só em BH, o parlamentar estaria sendo sondado por um grande grupo para entrar na disputa. À imprensa, ele diz que está analisando a situação. Aliás, os jornais chegaram a mencionar o nome do empresário Fabiano Lopes, mais conhecido como Fabiano Multimarcas, para compor a chapa.

Se analisarmos que, quando foi eleito há 3 anos, Kalil chegou ao poder por ser empresário e ter um nome sem mancha, os eleitores também escolheram Zema pelos mesmos motivos. E, para 2020, o nome do presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH), o empresário Marcelo de Souza Silva, tem ganhado força. Ele é considerado uma pessoa eficiente e já foi secretário de várias pastas do município e, por certo, conhece os desafios do cargo de prefeito. Para além disso, Silva sustenta uma preponderante presença no setor produtivo, assim como com as lideranças de diferentes pontos da cidade.