MDB X Zema

Apesar das aparências, o relacionamento institucional entre o governo mineiro e os deputados estaduais do MDB não tem nada de positivo. Quando chegar a hora de votações pesadas, a bancada deve optar pela independência, sem fechar a questão em torno de possíveis projetos a serem enviados pelo governador Romeu Zema (Novo). A conferir…

Janot, o intruso?

A direção da Vale ficou irritadíssima com a presença do ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot, agora aposentado, atuando como advogado dos moradores de Macacos, em Nova Lima, onde a empresa deslocou diversas pessoas de suas residências por medida de segurança. “Ele está querendo holofote”, dizem alguns advogados da mineradora.

Eleições extemporâneas

Alguns municípios mineiros estão prestes a realizar eleições por conta do impedimento de seus respectivos titulares. No momento, a cidade mais expressiva onde haverá o pleito é Sete Lagoas, que, aliás, mobiliza muitos deputados e alguns auxiliares do governo estadual.

Adalclever federal

Atuando como assessor político do prefeito Alexandre Kalil (PSD), o ex-presidente da Assembleia Adalaclver Lopes (MDB), segundo os bastidores da política mineira, está se preparando para ser candidato a deputado federal daqui a 3 anos. Além disso, ele já teria uma estratégia própria neste sentido. Enquanto não chega o momento, tem ajudado o prefeito em importantes contatos políticos, comentam amigos do ex-parlamentar.

Cena única – Uma das prováveis missões de Adalclever na PBH seria garantir o apoio do MDB à candidatura do atual prefeito à reeleição.

PSD dividido

O ex-deputado federal Alexandre Silveira (PSD) ainda trabalha nos bastidores tentando trazer para o seu partido o senador tucano Antonio Anastasia. Por outro lado, o atual presidente estadual da sigla, o deputado federal Diego Andrade, já foi avisado pelo dirigente máximo Gilberto Kassab: “O prefeito Alexandre Kalil deverá assumir a presidência da legenda em Minas o mais rápido possível”.

Walfrido sumiu

Nome forte no primeiro mandato de Lula, o ex-ministro Walfrido dos Mares Guias, tido como um dos homens mais abastados do estado, está passando ileso em relação às denúncias da Lava Jato.

Força dos criminosos

Analisando o quadro político nacional e a falta de segurança sentida pelos brasileiros, o apresentador Fausto Silva, o Faustão, repetiu uma frase muito ouvida, especialmente, no Rio de Janeiro: “No Brasil, a única coisa organizada é o crime”.

Metrô mais ou menos

“Quem acha que o metrô de Belo Horizonte vai ser eficiente no futuro, com velocidade espetacular como acontece nas grandes cidades do mundo, pode esquecer. Ele tem essa limitação, pois foi construído aproveitando uma linha férrea antiga, com traçado cheio de curvas e tudo mais”. Essa é a opinião de especialistas.

Taxistas em apuros

Diante da forte concorrência da Uber, os taxistas de BH estão ficando para escanteio e desprestigiados pela população. Aliás, segundo informações, mais de mil taxistas já foram à BHTrans devolver suas placas por falta de possibilidade de continuarem trabalhando. Coisas da modernidade, gente.

Deputadas negras

A deputada Ana Paula Siqueira (Rede) comemorou o fato de pela primeira vez existirem parlamentares na Assembleia Legislativa que se declaram negros.

Prejudicando os mineiros

“A recente decisão do Ministério da Educação de cortar em 30% a verba o da educação, especialmente das universidades e dos institutos superiores, vai dificultar o desenvolvimento de pesquisas em geral. Neste caso, Minas ficará prejudicada, pois o nosso estado tem o maior capital intelectual nacional”. Opinião do deputado estadual e professor Cleiton (DC), durante debate na TV Assembleia.

Direto de Brasília

Na avaliação do jornalista Gerson Camarotti, o presidente Jair Bolsonaro (PSL), ao anunciar o nome de Sérgio Moro para o Supremo Tribunal Federal, fez com objetivo de afagar o seu ministro depois de algumas derrotas tanto no governo como no Congresso. Mas o anúncio, com um ano e meio de antecedência, pode também trazer sérias consequências na hora da votação no Senado.

Presidente inábil

Ainda sobre o ministro Moro. Na avaliação do renomado filósofo e escritor Mario Sérgio Cortella faltou habilidade política e estratégica do presidente da República ao anunciar o nome de um de seus principais ministro para uma vaga no Supremo, algo que só irá ocorrer em novembro do próximo ano. “Até lá, tudo pode acontecer”, sentencia o professor Cortella.

Irrigando a democracia

No alto de sua experiência de escritor e historiador, o paulistano Leandro Karnal sentencia: “A democracia, para continuar viva, tem de contar com a presença de jovens na política. Eles, aliás, chegam quase sempre com ideias inovadoras, capazes de incentivar a política para o bem coletivo, ao invés de atender apenas aos interesses pessoais dos seus autores, como acontece na maioria das vezes atualmente”, disse.

Esperteza do centrão

“Os deputados mais conservadores do centrão sempre entregam dificuldades para depois colherem facilidade. Isso ocorrerá no governo Bolsonaro (PSL) na votação final da Reforma da Previdência”, opinião da jornalista Natuza Nery.

Atitude estranha

Nos corredores da Câmara Federal, um comentário chamou atenção. “No Brasil, a caça, de um modo geral, é proibida. Mesmo assim, o presidente da República baixou um decreto autorizando a posse de armas para caçadores”. Estranho, não gente?

Palpiteiro de plantão

Depois de chamar Olavo de Carvalho de palpiteiro de plantão, cientista político Ricardo Sennes acrescentou: “Ele tem um grupo mínimo de seguidores nas redes sociais, mas, mesmo assim, continua achando que pode influenciar o governo federal. Ledo engano”, arremata o cientista.

Cidadão insignificante

O jornalista Ethevaldo Siqueira, especializado em tecnologia da educação, comenta: “Olavo de Carvalho não tem controle do que ele próprio fala. Apesar disso, os brasileiros ficam dando importância para esse cidadão tão insignificante e que está atrapalhando o governo”.

Condenando as redes sociais

“De tanta atrapalhada do governo, o Congresso Nacional está deixando de prestigiar o ministro Sérgio Moro. O ideal é que o presidente pare com essa bobagem de querer governar pelas redes sociais e comece a, efetivamente, tomar decisões de estadista”. Opinião do filósofo Luiz Felipe Pondé.

Fábrica de privilegiados

Na opinião do poderoso ministro da Economia, Paulo Guedes, a Previdência Social no Brasil nada mais é do que uma fábrica de privilegiados. Por conta dessas e de outras declarações estabanadas, ele é considerado o inimigo número um dos funcionários públicos de todo país.

Brasil em guerra civil

Sem meias palavras, o diretor do Instituto de Estudos Avançados da USP, Paulo Saldiva ataca: “O Brasil já vive uma verdadeira guerra civil diante da quantidade de mortos que se registra anualmente. Isso ainda vai ficar pior com a decisão de liberar armas para as pessoas comuns”.

Pouco dinheiro

“O dinheiro extra anunciado pelo governo de Minas não será suficiente para resolver a situação de crise das prefeituras”. A avaliação é do presidente da Associação Mineira de Municípios (AMM) e prefeito de Moema, Julvan Lacerda (MDB).