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Altos e baixos da sucessão mineira

 

O tema política e eleições ganhou mais destaque a partir da segunda quinzena de julho, especialmente por conta da entrada em cena dos interessados pela larga abertura das redes sociais e dos primeiros atos de campanha.
Naquele período, os políticos mineiros começaram a traçar suas estratégias, capitaneados pelos tucanos que esconderam o líder Aécio Neves e escalaram para a linha de frente o senador Antonio Anastasia, com a finalidade de puxar votos. A ideia era angariar eleitores para as dezenas de deputados da oposição ao Palácio da Liberdade, já que sentiram a vitória esvair por entre os dedos, e criar uma candidatura competitiva e com potencial para pleitear o governo do estado.

Em paralelo, o governador Fernando Pimentel (PT), pressionado por uma série de problemas administrativo-financeiros, tentou manter a aliança com MDB, que preferiu, no entanto, se afastar da base governista. Isso forçou os petistas a trazerem a ex-presidente Dilma Rousseff para disputar o Senado como força política popular. Uma exigência do ex-presidente Lula e do grupo mais à esquerda do partido, sob o seguinte argumento: Minas oferecia cenário ideal para a sigla se reorganizar e tentar conquistar espaços perdidos em outros estados e capitais nos últimos pleitos.

Protagonistas
Como política não significa ciência exata, algumas projeções terminaram por não se concretizar ao longo do período eleitoral. Por exemplo, “entrou água no barco” que visava fazer que o presidente da Assembleia, Adalclever Lopes, se colocasse como terceira via. Resultado: mesmo que seja do MDB – maior partido de Minas, com centenas de prefeitos, vereadores e diretórios – o presidente do legislativo estadual ficará sem mandato no próximo período, depois de quatro legislaturas consecutivas.

Em contrapartida a esse cenário, os dois protagonistas Anastasia e Pimentel irão decidir quem vai comandar o estado nos próximos 4 anos. A única novidade, na reta final da campanha, foi o empresário Romeu Zema, (Novo). Embora tenha sido candidato a governador por uma sigla sem tanta representatividade, ele conquistou uma boa fatia de eleitores que, segundo especialistas, se movem pelo voto de protesto. Porém, o discurso e as propostas divulgadas pelo empresário não brilharam a ponto de conquistar tantos eleitores. Mas, de toda forma, repercutiram como contraponto entre os dois principais nomes da disputa.

Em toda a campanha, nas entrevistas e atos públicos, os candidatos João Batista Mares Guia (Rede) e a economista e professora Dirlene Marques (PSOL) demonstraram desenvoltura, além de incontestável bagagem de opiniões e cultura geral. Eles apareceram como uma espécie de nomes ideais do ponto de vista de suas mensagens e argumentos. No entanto, a falta de estrutura partidária, eleitoral e o marketing não funcionou a contento e lhes tirou a oportunidade de disputarem os primeiros lugares.

O representante do partido Avante, advogado Claudiney Dulim, quando debateu a real estrutura do estado e como a máquina funciona, não deixou de ter posições objetivas, especialmente quanto à necessidade de encontrar um novo modelo para reposicionar Minas Gerais de volta ao seu caminho de crescimento econômico.