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35 milhões de pessoas praticam escalada em todo o mundo

Já pensou em escalar uma montanha, pedra ou simplesmente uma parede? De acordo com a Federação Internacional de Escalada Esportiva (IFSC), existem cerca de 35 milhões de escaladores no mundo. A idade média é de 23 anos, e o número expressivo trouxe um resultado importante: a modalidade vai estrear nos Jogos Olímpicos de 2020.

Para muitos, essa novidade vai popularizar o esporte. É o que espera a profissional em educação física do Summit Ginásio Escalada, Natália Lannarelli. “Isso vai dar uma visibilidade para a escalada que sofre preconceito. Muitas pessoas acham que, por ser mais radical, é perigoso. Mas a modalidade, quando feita com os equipamentos corretos, é a prática mais segura do mundo”.

Ela acrescenta ainda que há uma questão cultural. “Os pais querem que os filhos pratiquem alguma atividade e sempre colocam os meninos no futebol e as meninas no ballet. Isso acaba refletido nas escolas que atuam com outros esportes”.
Porém, Natália informa que a modalidade é muito benéfica. “A escalada melhora a autoestima, bem-estar, coordenação motora, cognitivo, equilíbrio corporal, força e técnica. Por ser um esporte, muitas vezes, ligado à natureza, também trabalha a socialização”.

Ela ressalta que não há contraindicação da prática, mas que é importante buscar auxílio profissional que vai avaliar o nível da pessoa. “Para quem deseja fazer da escalada um esporte, é essencial fazer um curso de segurança básica. Mas, pra quem quiser viver um dia de aventura apenas por diversão, tem a oportunidade de ter o contato com o esporte na Summit. A pessoa é assistida o tempo inteiro e conta com a assistência”.

 

Pés livres
A escalada sempre esteve presente na vida da professora de educação física Luana Preterotti. “Comecei a praticar quando tinha 15 anos, fiz um curso para escalar em rocha por curiosidade. Por meio do esporte, conheci meu marido e começamos a frequentar alguns ginásios de escalada indoor, como hobbie. Nunca tive o intuito de competir”.

Para Luana, a escalada nos faz presente no aqui e agora. “Hoje, as pessoas têm buscado isso por meio de medicação e a modalidade te obriga a agir assim. É necessário foco, atenção e concentração”.

Sua relação com a prática mudou quando ela e seu marido decidiram ir para a Bolívia desbravar novas montanhas. “Lá, começamos a refletir sobre como retribuir o que a gente usufrui”. E isso aconteceu no destino seguinte: Tanzânia, na África. “Escalamos nossa primeira montanha alta e optamos pelo Monte Kilimanjaro, que tem 5.895 metros. Após o feito, decidimos trabalhar como voluntários. Lá existem vários orfanatos e ONGs, geralmente as montanhas ficam em lugares bastante pobres”.
Luana conta que a realidade do local chocou tanto os dois que eles resolveram ir além e criar o próprio projeto social: Pés Livres.

Foi assim que nasceu o Pés Livres, projeto que cuida de 50 crianças na Tanzânia. “O nome surgiu porque percebemos que a nossa presença era uma esperança para elas, para mostrar que podem ter uma história diferente. As crianças têm de 2 a 5 anos e a gente mantém tudo por meio de doação. Não recebemos dinheiro, mas fazemos campanhas específicas para manter a escola funcionando. Os gastos são cobertos com venda de brigadeiro, camisetas e ações”.

Há 2 meses, Luana criou a Livraria Solidária. “Vamos a feiras em São Paulo e vendemos livros que são doados para gente. Agora estamos chegando com a livraria em BH, as vendas começam dia 21 de outubro”.