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60% dos brasileiros fazem uso de aplicativos de relacionamento

Os aplicativos de relacionamento se tornaram populares nos últimos tempos. Hoje não é mais necessário ir a festas, baladas ou eventos para encontrar sua alma gêmea. Basta instalar o serviço no smartphone e efetuar o cadastro. E essa nova forma de se relacionar caiu no gosto dos brasileiros, conforme pesquisa realizada pelo Happn Brasil. O levantamento mostrou que 60% fazem uso desses aplicativos no país. No entanto, apesar de toda a facilidade de acesso, as plataformas podem oferecer risco, sendo preciso cautela.

A pesquisa também apontou que 20% encontraram o atual ou o último parceiro em redes sociais, sites ou em aplicativos de relacionamento. O amor ou encontros nem sempre são a prioridade dos usuários, tendo em vista que 71% das pessoas disseram que fazer amigos é a principal razão para se arriscar no mundo dos aplicativos de relacionamento. O segundo e terceiro objetivos são encontrar relacionamentos casuais (45%) ou sérios (40%).

No que diz respeito a oficialização do relacionamento, por ordem de importância, o levantamento apurou que 70% dos brasileiros consideram a personalidade do parceiro como fator mais importante, enquanto que 55% acreditam que a química entre os dois conta mais. Apenas 25% consideram o sexo como aspecto determinante.

Segundo a psicóloga e sexóloga Adriana Alves, a tecnologia tem dado uma força para quem está à procura de um amor. “A gente sabe que começar um relacionamento não é uma tarefa fácil, ainda mais para aqueles que são mais tímidos. Os aplicativos são o pontapé para conhecer alguém bacana, conversar sobre seus gostos e marcar um encontro presencial. O serviço já adianta os pontos em comum, inclusive preferência física”, diz.

Ela alerta que a plataforma oferece vantagens na hora de encontrar alguém especial, mas deve ser usada com cuidado. “Muitos usam esses aplicativos como forma de extravasar uma carência afetiva. Cada semana estão com um parceiro diferente. Se o encontro não deu certo logo partem em busca de outro pretendente. Essas pessoas pensam que só são completas se tiverem um companheiro”.

Ainda de acordo com Adriana, existem alguns riscos. “Eu sempre afirmo que nada substitui o contato, os olhares, a paquera. No aplicativo a pessoa pode escrever o que ela bem entender, nem sempre correspondendo com a realidade física. Acontece também de aparecer fakes, o que pode frustrar as expectativas. É sempre importante conhecer bem a pessoa antes de marcar qualquer encontro”.

Deu “match”
A expressão é muito utilizada entre quem usa aplicativos de relacionamento. Ela quer dizer que você e a pessoa curtiram e aprovaram a foto um do outro. E foi exatamente assim que começou a história do casal Thales Oliveira e Edilaine Silva, que se conheceram por meio do Tinder. A primeira conversa aconteceu há 2 anos e o papo foi esquentando. Trocaram telefone e redes sociais. Foi quando ele tomou coragem para chamá-la para sair. “Eu perguntei se ela gostaria de encontrar para a gente se conhecer melhor. Ela sugeriu que fôssemos ao cinema. Rolou um clima legal entre a gente e demos nosso primeiro beijo”, conta o rapaz.

Depois daquele dia, os encontros se tornaram mais frequentes. Mas, a paquera entre os dois não durou muito tempo. Thales logo a pediu em namoro. “Foi um dos dias mais inesquecíveis da minha vida. Ele apareceu no meu trabalho com um buquê de flores e um anel. Se ajoelhou e propôs compromisso sério na frente de todo mundo. E é claro que aceitei, mas antes fiz um suspense”, lembra Edilaine.

E quem diria que um “match” poderia render tanto. “A gente considera a data de namoro o dia que demos nosso primeiro beijo. Estamos fazendo muitos planos. Ano que vem pensamos em morar juntos. Ela é a mulher da minha vida”, finaliza.