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Deputados desconhecidos dificilmente serão reeleitos

Estamos a menos de 3 meses do pleito eleitoral e tudo parece turvo diante das indefinições de quem vai disputar os cargos majoritários de governador e senador em Minas Gerais.

Tudo isso está acontecendo por conta da ira do eleitor, que não quer discutir política. Os parlamentares mineiros e brasileiros nunca estiveram tão desgastados como agora. É comum jornalistas entrarem no táxi e, para evitar constrangimentos, solicitar ao motorista que os levem para o Ministério Público. O motivo? Se disserem que estão indo à Assembleia Legislativo sempre escutam a seguinte frase: “Aquilo é uma Casa de gente à toa”.

Desconhecidos

A apatia da população no que diz respeito aos parlamentares acontece por vários motivos, mas um deles, certamente, é a falta de informação para saber o que cada um dos eleitos para o Legislativo fez em prol do coletivo.

Na relação dos 77 deputados mineiros, existem os tradicionais de várias legislaturas, como Dilzon Melo (PTB), Ivair Nogueira (MDB), Durval Ângelo (PT), Gil Pereira (PP), Carlos Pimenta (PDT), Rogério Correia (PT), Arlen Santiago (PTB) entre outros. Para além dessa constatação, comenta-se a boca pequena sobre a possibilidade de renovação de um terço da atual bancada, ou seja, o deputado que, no último pleito, não conseguiu boa votação, dificilmente seria reconduzido ao cargo.

Realmente chega a ser enorme o distanciamento de muitos dos atuais membros da Casa para com os cidadãos comuns. Trata-se, portanto, de parlamentares desconhecidos do povo e sem convívio com a denominada grande imprensa mineira. Eles, na verdade, se posicionam mais como representantes “distritais”, avaliam alguns cientistas políticos.

Nesta incomensurável legião de “desconhecidos” estão os deputados Arnaldo Silva (DEM), Arlete Magalhães (DC), Mirian Cristina Corrêa (PT), Dr. Jean Freire (PT), Glaycon Franco (PV), Leandro Genaro (PSD), Missionário Marcio Santiago (PR), Neilando Pimenta (PODE), Nozinho (PDT) e Tony Carlos (MDB).

O desassossego é tão grande que em março, quando os atuais deputados tiveram a oportunidade, perante a lei eleitoral, logo trataram de mudar de partido. Foi o maior troca-troca dos últimos anos. Mesmo assim, a situação de muitos não foi resolvida. É o caso dos 13 representantes do MDB que, até semana passada, ainda esperavam uma definição do partido para saber com quem seria permitida uma aliança, pois na pura matemática, se eles não acertarem parceria com outra sigla, a bancada com 13 deverá minguar para apenas 6 ou 7. Por conta disso, muitos emedebistas ainda insistem na coligação com o PT para poder facilitar a reeleição.

Em síntese, mesmo sabendo que os atuais ocupantes do posto no Legislativo levaria vantagem por terem mais contato com os eleitores, existe outra realidade: há uma vontade imensa de mudança para tentar consertar as mazelas existentes. E, para as pessoas mais simples, essa alternância deveria começar pela renovação dos agentes políticos a partir dessa eleição.