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Festa junina gera impacto positivo para mais de 50% das empresas

Os meses de junho e julho são os melhores do ano para aqueles que gostam de conciliar frio com boas comidas, afinal é nesse período que acontece as tradicionais festas juninas. Mas elas não são agradáveis apenas para a população no geral, os empresários também ficam felizes.

Segundo pesquisa realizada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Minas Gerais (Fecomércio/MG), essas datas geram impacto positivo para 53,8% das empresas do comércio varejista de produtos alimentícios da cidade de Belo Horizonte. A alta ocorre, principalmente, no setor alimentício (53,8%): hipermercados e supermercados (83,3%); açougues e peixarias (57,5%).

Em relação ao investimento para a ocasião, 65,4% farão produtos específicos para as comemorações e, para melhorar o faturamento, 39,2% pretendem oferecer promoções e liquidações para atrair o consumidor, 20,3% irão investir em propaganda e 19,6% em visibilidade da loja.

Ademais, as empresas que serão afetadas pela data comemorativa, 46% já fizeram produtos específicos e 19,4% ainda não se prepararam, mas irão fazê-lo. Entre os itens que serão inseridos ao mix destacam-se canjica (69,2%), amendoim (61,5%) e doces (34,1%).

A analista de pesquisa da Fecomércio MG Elisa Castro destaca que, neste período, o comércio é afetado principalmente pelo aumento das vendas desses produtos típicos. “As empresas precisam se adaptar para oferecer ao consumidor itens atrativos para a data. Além disso, é uma época com baixas temperaturas e isso também impulsiona a venda de produtos diferenciados”.

Outro fator destacado por Elisa é a Copa do Mundo. Segundo ela, o evento esportivo também é uma oportunidade para os empresários atraírem ainda mais clientes. “Os jogos incentivam momentos de festa, que são propícios para vender mais no comércio varejista. Entretanto, esse aumento dependerá de uma série de fatores, como a capacidade de se planejar e oferecer um bom serviço/produto, de mudar o visual para a data, entre outros”.

Elisa finaliza dizendo que aqueles que não investiram para as festas juninas, ainda dá tempo de se planejar. “O período festivo começa em junho e termina em julho, então há a oportunidade para se adaptar”.

Outros se beneficiam
Além do comércio varejista, os estabelecimentos comerciais como bares e restaurantes também são afetados pela data. O Néctar da Serra, localizado na Savassi, região Centro-Sul de Belo Horizonte, aproveita a ocasião para oferecer um self service de caldos, nos quais há 18 salgados e 4 doces.

A proprietária do local, Junia Quick, conta que esse serviço é oferecido há 10 anos e surgiu como uma forma de compensar as quedas nas vendas que o local sofria. “Trabalhamos com saladas e sucos, que são produtos mais voltados para o verão. Antes do rodízio de caldos, as nossas vendas caíam muito no inverno e, depois que implementamos isso, elas se equiparam ao período mais quente”.

A temporada de caldos no local começa em maio e termina em agosto e o valor é de R$ 42 por quilo. “Vai chegando final de abril, as pessoas já começam a pedir”.