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Classe oferece apoio ao jornalista Márcio Fagundes

Os veículos de comunicação do Estado prestaram solidariedade em seus portais e redes sociais, em relação a prisão do jornalista Márcio Fagundes, ocorrida no dia 18 de abril. Além disso, segundo informações, o profissional foi exonerado nesta quinta-feira (19 de abril) do cargo de assessor do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas do Estado (TCE-MG). Contudo, o jornalista permanece em prisão preventiva, e afirma a sua inocência.

O sindicato dos Jornalistas, em nota, no seu portal, repudiou a prisão preventiva. Veja a nota, na íntegra:

Sindicato repudia prisão preventiva do jornalista Márcio Fagundes

O Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Minas Gerais vem a público repudiar a prisão preventiva do jornalista Márcio Fagundes, ocorrida ontem, 18/4, em Belo Horizonte, na operação Sordidum Publicae, do Ministério Público de Minas Gerais e da Polícia Civil. Fagundes é acusado de ter assinado contratos de publicidade durante a gestão do ex-presidente da Câmara Municipal de Belo Horizonte Wellington Magalhães.

O abuso do instrumento da prisão preventiva já foi denunciado por juristas do Brasil inteiro. No atual ambiente de golpe, em que a Constituição vem sendo desrespeitada e os aparatos judiciais agem de forma descontrolada, essa é mais uma ameaça à democracia.

Tão grave quanto isso é a transformação de operações policiais em espetáculos midiáticos. Como já aconteceu em inúmeros casos, de pouco adianta à vítima provar sua inocência depois de ter sido exposta à execração pública, fotografada, filmada, detida na frente dos filhos, como foi o caso do jornalista.

Não se trata de defender a impunidade e sim de garantir a presunção da inocência antes da sentença final e instrumentos de investigação que não ataquem a honra da pessoa que, se inocentada, será para sempre culpada.

Márcio Fagundes já tinha prestado depoimento no processo e não havia, no seu caso, os motivos que justificam a prisão preventiva, a saber: obstrução de justiça, risco de fuga, ameaça a testemunhas, destruição de provas etc.

O Sindicato repudia, mais uma vez, toda forma de arbítrio e informa que dirigentes do Sindicato foram, junto com a Comissão de Direitos Humanos da Assembleia, fazer uma visita ao jornalista para verificar as condições em que ele se encontra preso.

Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Minas Gerais