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Anastasia não formalizou candidatura ao governo

Coube ao categorizado deputado, um dos mais experientes do parlamento mineiro, Bonifácio Mourão (PSDB), anunciar, na semana anterior, sobre a decisão do senador Antonio Anastasia (PSDB) em colocar o seu nome na lista de pretendentes à disputa pelo governo de Minas.

Para além desta realidade, os meios políticos não notaram qualquer declaração formal do próprio Anastasia quanto à disposição em participar do pleito. A expectativa era que no dia 19, o próprio político viesse a público fazer declarações sobre o assunto, mas esse não foi o caso. Até porque, a essa altura, estava de malas prontas para mais uma viagem ao exterior. Diante desses fatos, aumentou a especulação no sentido de que a decisão de mandar dizer que toparia ser candidato, teve como pano de fundo evitar a debandada de deputados do seu partido, especialmente entre os parlamentares estaduais.

A euforia diante da possibilidade de Anastasia encabeçar a disputa pelo Palácio da Liberdade esbarra em um fato real. O que fazer com o senador Aécio Neves, líder desse grupo político, há 16 anos. “O PSDB sempre valorizou e respeitou Aécio”, comenta o parlamentar Bonifácio Mourão.  No entanto, nos bastidores, tucanos e partidos de oposição ao governo estadual querem distância do senador. Desgastado perante a opinião pública, ele tem sido sistematicamente rejeitado pelos seus próprios companheiros, em uma cena nunca registrada em tempos modernos, se tratando disputas eleitorais mineiras. “É como os filhos negando a existência do próprio pai”, dizem nos bastidores.

Prazos e mudanças

No dia 7 de abril, termina o prazo para os políticos mudarem de partidos. A partir de então, haverá uma certa calmaria, com relação a esse troca-troca partidário, porém, tudo só se resolverá no período mais próximo à convenção, ou seja, lá pelo mês de junho, avalia o deputado do MDB Ivair Nogueira.

O projeto de Marcio Lacerda (PSB), por enquanto, permanece o mesmo. Ele, segundo os assessores, manterá a candidatura. Mas em Brasília, circulam comentários indicando que se o grupo do governador Fernando Pimentel (PT) apoiar eventualmente a candidatura do presidenciável Ciro Gomes do PDT, o projeto de Lacerda poderia ser alterado.

 Em relação ao deputado Rodrigo Pacheco (DEM), segundo amigos, não há um plano “b”, seu objetivo e manter-se candidato ao governo. Tanto que já começou a fazer contatos.

 Mesmo tendo se filiado ao Solidariedade, em ato festivo. o ex-presidente da ALMG Dinis Pinheiro não definiu qual cargo disputará. Ele se mantém engajado no circulo majoritário do pleito, mas pode optar tanto pelo governo quanto ao Senado.

 Em síntese, os mais apressados devem ter calma. Antes do meio do ano, as cenas políticas de hoje podem ser coisa do passado, inclusive unindo os grupos antagônicos de agora em parceria nesta eleição de 2018.