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Sucessão mineira será disputada por três grupos

No limiar de abril, o povo mineiro terá ciência se o governador Fernando Pimentel (PT) e os prefeitos de Betim, Vittorio Medioli (Podemos), e Alexandre Kalil (PHS), de Belo Horizonte, efetivamente vão abdicar de seus cargos para se colocarem à disposição do pleito eleitoral que acontece em outubro.

Pessoas próximas ao governador garantem que ele está aproveitando momentos de folga para costurar uma aliança, visando o projeto da sua reeleição. Já Medioli tem informado aos parceiros sua disposição em continuar na política, mas, por motivos empresariais, não teria condições de se afastar de vez de seus negócios para se dedicar a uma campanha majoritária. E quanto a Kalil, ele próprio declarou para um empresário mineiro que não pretende abandonar o posto antes de completar um ano e meio de mandato, como aconteceu com o então prefeito Pimenta da Veiga, cujo resultado da empreitada política na época foi um desastre.

 Pequenos partidos

Enquanto isso, vão avolumando três núcleos com o intuito de conquistar o Palácio da Liberdade, onde possivelmente o PT, MDB, PCdoB e Democratas Cristão formarão aliança. O PSB, de Marcio Lacerda, costura apoio com PPS, PSD e Solidariedade, almejando ainda o PDT. O deputado Rodrigo Pacheco, já no Democratas, pode conquistar o PSDB, o PP e o Avante. Os partidos de médio porte, como o PTB e Partido Verde, até esta última semana, ainda permaneciam indefinidos.

A soma de siglas em torno dos três maiores núcleos da disputa deixam os candidatos de expressão menor na berlinda. É o caso do empresário Romeu Zema (Partido Novo). Ele patina em sua pré-campanha de governador, especialmente, por não ser conhecido do povão. Aliás, o seu discurso, por enquanto, não empolgou ninguém, a não ser os próprios empresários

Outras candidaturas consideradas nanicas, a exemplo de Zema, são a de Sara Azevedo (PSOL) e do professor João Batista dos Mares Guia (Rede Sustentabilidade). Para esses faltam muitos cabedais, inclusive um espaço maior no horário gratuito da TV e rádio.

Entrevistado por nossa redação, o cientista político e professor Malco Camargo expressou a seguinte opinião. “A campanha para governador em Minas Gerais era para ser uma briga de cachorro grande, na qual os três principais partidos do país: PT, PSDB e MDB disputariam a preferência do segundo maior colégio eleitoral do Brasil. Parece que não vai ser por aí. PT e MDB seguem firmes rumo a um acordo e o PSDB busca, incessantemente, um nome para redimir a imagem do partido no Estado. Nesse cenário candidaturas menores que outrora não teriam vez, passam almejar o Palácio da Liberdade. Em um panorama no qual nem situação, nem oposição estão certos de sua vitória, o mercado político se abre aos representantes de médios e pequenos partidos. Nessa aposta estão Marcio Lacerda (PSB), Dinis Pinheiro, Romeu Zema (Partido Novo) e, talvez, Vittorio Medioli (Podemos). Se terão sucesso ou não só o tempo dirá, mas que a oportunidade está dada não há dúvidas”.